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Cuiabá, 27 de Novembro de 2024
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10 de Agosto de 2020, 16h:34 - A | A

POLÍCIA / CASO ISABELE

Vizinha relata primeiras conversas após morte e entrega roupas à Polícia

Adolescente responsável pelo disparo ouviu da própria mãe que Isabele estava morta

ANDRÉIA FONTES
DA REDAÇÃO



“Filha, ela morreu, você tem que ser forte, ela está morta”. Foi deste jeito que Gaby Cestari, mãe da adolescente B.O.C., de 14 anos, contou a ela que Isabele Guimarães Ramos, também de 14 anos, não tinha sobrevivido ao disparo de arma de fogo.

O relato é de uma vizinha da família Cestari, a empresária Cleonice Aparecida da Cruz, em depoimento à Polícia Civil no inquérito que apura o homicídio.

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Foi Cleonice que entregou à Polícia as roupas usadas pela adolescente B. no momento que Isabele foi atingida pelo disparo. A menor foi até a casa da vizinha, mãe do namorado da irmã dela.

Ela afirmou que não se recorda a hora que o filho abriu a porta do seu quarto desesperado, falando: “mãe aconteceu um acidente, aconteceu um acidente, foi a Bel mãe... e as meninas estão aqui embaixo”.

Cleonice diz que desceu e encontrou as três irmãs na casa e que “aparentavam estar desesperadas”. Ao perguntar o que havia acontecido, uma das irmãs respondeu e ao questionar como tinha acontecido, a adolescente que estava com a arma disse: “eu não sei, a maleta caiu”, chorando “desesperadamente”.

Que depois de algum tempo, a mãe das adolescentes chegou à casa, segurou a filha pelo braço e revelou que a amiga estava morta. As adolescentes voltaram para a casa delas algum tempo depois, chamadas pela Polícia. O filho também foi.

A depoente disse que quando a Polícia já tinha ido embora, e o filho retornou para casa, perguntou onde ele estava no momento do tiro, sendo que o adolescente respondeu que estava com a namorada na parte debaixo da casa.

Cleonice informou que no dia seguinte ligou para a psicóloga que acompanha a família, que orientou que ela não ficasse questionando o filho, que uma hora ele ia falar. Também orientou que quando ele fosse chamado pela polícia, que falasse a verdade e tentasse manter a calma.

Ainda na segunda-feira após a morte de Isabele, Cleonice encontrou roupas de adolescentes na sala da casa, sendo que o filho informou que eram de B. e da irmã. As roupas foram entregues pela empresária à Polícia.

Ela ainda disse que “ouviu dizer” que em dezembro do ano passado houve um acidente com “pólvora” na casa da família Cestari, mas não há mais informações no depoimento.

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