MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO
Ministério Público Estadual (MPE) revelou, no pedido para aumentar a fiança de Marcelo Cestari, encaminhado ao Poder Judiciário, que na casa do empresário, local onde a adolescente Isabele Guimarães, de 14 anos, morreu com um tiro, já havia ocorrido um incidente com arma de fogo, em 2019. "As investigações elucidaram que em dezembro de 2019 houve um acidente com pólvora na casa da família Cestari, fato que é de conhecimento dos moradores do condomínio Alphaville I". A informação é de uma vizinha da família, Clêonice Aparecida da Cruz, que prestou depoimento no inquérito que apura a morte de Isabele.
No entanto, no documento, o MP não dá detalhes sobre o episódio de 2019.
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Esse é um dos argumentos que o procurador de Justiça Marcos Regenold apresenta para que a Justiça conceda o aumento no valor da fiança de Marcelo Cestari.
Um outro argumento é que a família gastou cerca de R$ 45 mil em produtos bélicos, parte após o início da pandemia, rebatendo Marcelo que informou estar passando por uma crise financeira.
Relembre o caso
Isabele Guimarães morreu na casa da amiga, filha do empresário Marcelo Cestari, na noite do dia 12 de julho deste ano. As informações são que a amiga estava indo guardar duas armas e que em um acidente, as armas caíram e ao pegá-las uma disparou acidentalmente, acertando Isabele, que estava dentro do banheiro do quarto da amiga. O tiro acertou o nariz e saiu na nuca.
Na mesma noite, a Polícia Civil apreendeu sete armas na residência, sendo duas em nome de uma terceira pessoa. Por não ter o porte das armas, Marcelo foi preso em flagrante e pagou R$ 1 mil para ser solto. As duas armas são do sogro da adolescente B.O.C. e foram levadas até a casa pelo namorado da jovem.