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Cuiabá, 30 de Dezembro de 2024
30 de Dezembro de 2024

14 de Dezembro de 2021, 08h:07 - A | A

PODERES / ACUSA FAKE NEWS

DRCI faz operação contra irmão do prefeito por mentiras contra Mauro Mendes

Na operação são cumpridos seis mandados de busca e apreensão domiciliares em Cuiabá, com alvo em três investigados, um dos alvos seria o empresário Marco Polo Pinheiro, irmão do prefeito Emanuel Pinheiro

DA REDAÇÃO



A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), deflagrou na manhã desta terça-feira (14.12), a Operação Fake News, com o objetivo de desarticular possível associação criminosa envolvida em crimes de calúnia, difamação, injúria, perseguição e falsa identidade contra empresários, servidores e agentes públicos do Estado de Mato Grosso, inclusive o governador Mauro Mendes.

Na operação são cumpridos seis mandados de busca e apreensão domiciliares em Cuiabá, com alvo em três investigados. Um dos alvos é o empresário Marco Polo Pinheiro, irmão do prefeito Emanuel Pinheiro.

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As ordens judiciais têm o objetivo de instruir inquéritos policiais que tramitam na DRCI, quanto à produção e disseminação de notícias falsas e de cunho ofensivo por meio da rede social/aplicativo de mensageria WhatsApp e outros meios em desfavor das vítimas.

As investigações identificaram o modus operandi de três suspeitos envolvidos na realização de ataques ofensivos e/ou propalar fakes news, aparentemente previamente ajustadoscom as suas identidades expostas ou veladas (por meio de números cadastrados fraudulentamente em nome de terceiros), através das redes sociais divulgando montagens de fotografias e vídeos.

Além de falsas notícias que atingem vereadores municipais e empresários, é apurada nas investigações a divulgação de fake news contra o governador do Estado, Mauro Mendes, o secretário-chefe da Casa Civil Mauro Carvalho, a primeira-dama, Virgínia Mendes, além de detetives particulares, delegado-geral da Polícia Civil, outros delegados, comandante-geral da Polícia Militar e outros oficiais, que estariam realizando a captação/escuta ambiental clandestina de conversas e de reuniões realizadas com parlamentares estaduais.

A natureza falsa da notícia foi devidamente provada após a realização de minuciosa perícia no Palácio Paiaguás pela Politec e demais elementos colhidos nos autos da investigação.

Os indícios de autoria de produção e da pulverização da fake news, ante os dados técnicos coletados durante a investigação policial, recaem sobre um dos suspeitos, de 55 anos, o qual figura como suspeito em pelo menos três inquéritos policiais.

Nesse mesmo contexto da divulgação da fake news da gravação/captação clandestina, visa-se colher elementos informativos sobre a indevida e prematura atribuição de autoria de contratação de detetive particular pela primeira-dama do Estado e pelo governador do Estado para fins de investigar e cometer assassinato de reputação contra um jornalista.

O cumprimento dos mandados conta com apoio das equipes da Gerência de Combate ao Crimes Organizado (GCCO), Delegacia Especializada de Combate a Corrupção (Deccor) e Delegacia Especializada de Crimes Fazendários (Defaz), sob a coordenação da DRCI.

Alvos da operação

A operação tem como alvo três homens, sendo que dois deles há pelo menos um ano têm divulgado, de modo reiterado, falsas notícias e conteúdo de caráter criminoso contra as pessoas públicas citadas.

Dois dos suspeitos são servidores da Prefeitura Municipal de Cuiabá, sendo um deles assessor de endomarketing e o outro servidor temporário da Secretaria Municipal de Saúde. O terceiro envolvido é apontado como o empresário do ramo de publicidade, Marco Polo.

Segundo o delegado da DRCI, Ruy Peral, dentre os investigados, está um homem de 37 anos de idade, de alta periculosidade, condenado à pena de 16 anos e 11 meses de prisão por ser um dos líderes de “quadrilha” que praticou furtos qualificados contra bancos nos Estados de MT, GO e TO.

“Atualmente ele é funcionário contratado da Secretária Municipal de Saúde e figura como suspeito de praticar delitos de roubo majorado, extorsão, ameaça, calúnia, difamação e injúria. É temerário que um indivíduo de tal periculosidade e que ainda cumpre pena no regime semiaberto seja integrante da possível associação criminosa investigada”, disse o delegado.

Contra o outro servidor alvo das investigações há suspeita de que tenha divulgado conteúdo ofensivo e fake news durante horário de expediente.

Penas previstas

Com a entrada em vigor da Lei nº 13.964/19 – Pacote Anticrime, os crimes contra a honra praticados ou divulgados pelas redes sociais terão a pena triplicada.

Além disso, há hipóteses de somatório de penas com outros delitos praticados no mesmo contexto. Sendo que os investigados podem ser condenados, no presente caso a penas que ultrapassam dez anos de prisão.

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