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Cuiabá, 01 de Janeiro de 2025
01 de Janeiro de 2025

29 de Dezembro de 2024, 09h:32 - A | A

PODERES / DECRETO DO DESARME

Mauro: Governo Lula cria factoide e quer culpar polícia pela violência

O governador discordou das diretrizes que busca disciplinar o uso da força por agentes policiais

VANESSA MORENO
DO REPÓRTER MT



O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), criticou o decreto do Governo Federal sobre o uso da força policial. Durante participação ao vivo no programa Jovem Pan News, neste sábado (28), ele defendeu a autonomia dos estados na gestão da segurança pública e classificou as propostas de desarme dos policiais e de câmeras nas fardas como medidas equivocadas e factoide que desvia o foco do real combate à violência.

O que me deixa um pouco preocupado é que, diante de um problema grandioso como esse, das facções crescendo e da violência aumentando no Brasil inteiro, trava-se um grande debate como se uma grande solução para enfrentar o problema da violência no país fosse colocar câmeras na farda dos policiais, transformando-os nos grandes causadores da violência no Brasil. Para mim, isso é um absurdo. É uma mudança completa de contexto e de foco. A violência hoje praticada no Brasil resultou, nos últimos anos, em mais de 40 mil assassinatos. Somos o país que mais mata em números absolutos no mundo. Isso tem que ser combatido com leis duras, inteligência e estratégia, e não com a criação desse factoide", declarou Mauro.

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O decreto do Governo Lula estabelece diretrizes para disciplinar o uso da força por agentes policiais, incluindo normas para abordagens, uso de armas de fogo e operações de busca. Segundo o governador, essas mudanças tentam transferir a responsabilidade pela crescente violência no país para os policiais.

Mendes reforçou a necessidade de medidas mais severas contra o crime e discordou da centralização de decisões de segurança pública pelo governo federal. Ele defendeu que os estados mantenham autonomia para definir suas estratégias e políticas e mostrou sua insatisfação quanto ao debate sobre segurança com foco na Polícia Militar. 

"Está tudo errado, na minha opinião. Eu não concordo com esse decreto. Respeito, o atual presidente, porque devemos respeitar as autoridades, mas eu discordo completamente dessa estratégia de querer fazer esse grande debate em cima da Polícia Militar, como se eles fossem os causadores dos altos índices de violência”, disse o governador.

Questionado se acha um erro o Governo Federal condicionar a liberação de recursos para os estados ao fato de ter que seguir as regras de segurança propostas, Mauro Mendes disse que prefere não receber o repasse do que seguir uma regra na qual não acredita.

O dinheiro da União é muito pouco diante daquilo que todos os estados brasileiros, inclusive o meu, investem. Não conheço os números exatos, mas tenho certeza de que os custos com Segurança Pública, Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Penal, que bancamos com os recursos do Estado, são muito, mas muito maiores do que esse dinheiro que eventualmente deixaria de vir para o meu estado. Já adianto: prefiro deixar de receber esse recurso do que ter que seguir uma regra que, na minha opinião, não vai ajudar na estratégia de melhorar o ambiente de segurança para o cidadão e para a sociedade”, afirmou.

O governador finalizou a entrevista dizendo que Mato Grosso não tem mais dependência do dinheiro de Brasília e criticando a espécie de “barganha” que o governo Lula propõe, dizendo que só quem seguir as regras irá receber recursos e aproveitou para criticar a gastança do Governo Federal.

Veja a entrevista completa:

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beiço de caçarola 30/12/2024

https://www.reportermt.com/policia/video-policiais-militares-sao-flagrados-espancando-casal-com-golpes-de-cassetete/215784

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Zacarias 29/12/2024

Neste termo eu concordo com o \"L\" em razão de colocar câmeras nas fardas, pois isso não é um absurdo como o governador diz e sim para provar que a operação não houve não uma intercorrencia e também provar a lisura das ocorrências em plantões polícias, ou seja, provar a sua própria inocência quando houver uma situação de contra prova. Agora em questão dos 40 mil mortes, vejo que o governo estuda uma estratégica, pois já houve várias e nenhuma foi sanada. Então nada mas que realmente neste governo junto com Ministro Ricardo baixar o Decreto e ver o que vai dar. Torcemos para um Brasil melhor sem mortes e não com armas pesadas e muitas mortes.

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2 comentários