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Cuiabá, 26 de Dezembro de 2024
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22 de Dezembro de 2013, 14h:13 - A | A

VARIEDADES / ALÉM DO HORIZONTE

\"Novidades não são bem-vindas\", diz global sobre baixa audiência de novela

Sem nem ao menos ler a sinopse de Além do Horizonte, Laila ficou na expectativa de participar do folhetim logo que se informou sobre ele

TERRA
DA REDAÇÃO



O jeito desligado e descontraído de Laila Zaid não demonstra, à primeira vista, a mulher cheia de atitude que ela é. Longe da tevê desde 2012, quando atuou em Amor Eterno Amor, a intérprete de Priscila, em Além do Horizonte, fez uma "forcinha" para voltar às novelas. Através de uma notinha de jornal, Laila ficou sabendo da dificuldade de Carlos Gregório e Marcos Bernstein em encontrar a atriz para desempenhar o papel da melhor amiga da protagonista Lili, de Juliana Paiva. "Entrei em contato com a produção e pedi para fazer o teste", relembra, frisando que, para a personagem, a equipe da novela buscava uma menina com menos que seus 29 anos. "Passei e mudaram o perfil da Pri. Por eu ser mais velha, além de melhor amiga, ela é prima da Lili", conta.


Sem nem ao menos ler a sinopse de Além do Horizonte, Laila ficou na expectativa de participar do folhetim logo que se informou sobre ele. "Já estava na hora de voltar para a tevê. Além disso, queria trabalhar de novo em um texto do Bernstein", diz, lembrando sua participação no longa Somos Tão Jovens, escrito pelo autor. Depois do teste, foram apenas dois dias até que ela começasse a gravar como a "patricinha". Tão pouco tempo a impediu de fazer grandes trabalhos de construção de personagem. "Criei em cima das minhas experiências. Essa relação de primos é muito fácil, tenho isso em casa. Costumo dizer que ela é uma Laila alguns degraus acima, mais 'maluquinha', mais cheia de humor...", brinca.

Apesar de bem-humorada e acostumada a trabalhar em tramas mais leves, como nas três temporadas que participou de Malhação, de 2004 a 2007, Laila garante que bateu uma insegurança devido ao caráter mais naturalista de Priscila. "Fiquei com medo porque estava longe do humor há muito tempo. Mas logo vi que é uma coisa natural. Tenho o 'timing' do humor. O texto fica mais confortável para mim", entrega.

Em um primeiro momento, Pri servia apenas de "ouvido" para Lili e Heloísa, de Flávia Alessandra, que viviam despejando suas lamúrias e dúvidas. Essa função secundária, no entanto, não incomodou Laila. "Servir de escada também é muito interessante. É um exercício de escuta, que é a base para um bom trabalho", defende. No entanto, as recentes alterações no roteiro – uma tentativa de subir a audiência da novela – deram mais abertura e uma história paralela se desenha para a atriz. Na trama, a personagem se envolverá com Marcelo, interpretado por Igor Angelkorte, ex-noivo da protagonista.

Por um lado, as novas histórias e constantes alterações no roteiro abriram um espaço maior para tramas paralelas, como a de sua personagem. Por outro, Laila fica entristecida com os baixos resultados que Além do Horizonte vem obtendo. Com média de 19 pontos, a novela já amargou 15 de audiência. Para ela, a opção de misturar mistério e aventura não agradou aos telespectadores. "Infelizmente, é difícil mexer em um formato tão estabelecido. As novidades não são bem-vindas. Os autores tentaram, foram ousados. O texto é muito bom, mas o público ainda quer um novelão típico", palpita.

Formada em Publicidade pela PUC do Rio de Janeiro, Laila só começou a fazer teatro quando já estava na faculdade. "Minha mãe nunca me deixou fazer teatro antes disso. Acho que ela já sabia que seria um caminho sem volta", diz, aos risos. Algumas aulas depois, conseguiu um teste em Malhação, seu primeiro trabalho na tevê.

Apesar do sucesso no folhetim infantojuvenil, a atriz tomou a arriscada decisão de deixar a Globo e migrar para a Record. Depois de três anos e dois trabalhos na emissora – Amor e Intrigas, em 2008, e Bela, A Feia, em 2009 –, Laila se sentiu estagnada na empresa. "Não me identificava com a situação de estar com um contrato longo com uma emissora muito relacionada à religião e que produz pouco conteúdo de dramaturgia", relembra, dizendo que chegou a ficar um terço daquele período sem opções de trabalho. Ao fim do contrato, em 2011, Laila foi procurada para renovar por mais 6 anos. "Era uma oferta muito bacana. Mas era muito tempo e muito dinheiro também. Então, decidi arriscar", entrega.

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