ILCA MARIA ESTEVÃO
METRÓPOLES
A britânica Anna Wintour foi eternizada no cinema, no filme O Diabo Veste Prada, como Miranda Priestly, interpretada pela atriz Meryl Streep. Apesar de ser uma caricatura, a “personagem da vida real”, um dos nomes mais importantes da indústria da moda, inspira o medo e o fascínio de muitos. A jornalista Amy Odell lançou, neste mês, biografia que tenta desvendar o mito.
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Oficialmente lançado em 1º de maio, dia do Met Gala de 2022, um dos eventos mais badalados da moda, o livro da jornalista foi chamado de Anna. O título curto e objetivo é porque Anna Wintour dispensa apresentações. Ela é a responsável pela relevância da revista Vogue, pela criação de outros títulos, como a Teen Vogue, e até pela entrada de muitos estilistas na indústria.
São 500 páginas – apesar de mais de 100 serem de notas –, desenvolvidas a partir de muitas entrevistas. A lista de fontes ouvidas por Amy Odell foi uma sugestão da própria Anna Wintour, que não “autorizou” de forma oficial a biografia, mas que sinalizou estar ciente ao dar essa ajuda para a jornalista.
Segundo resenhas de jornalistas críticos do The Guardian e do Washington Post, o livro, no entanto, deixa a desejar. Por não ter conseguido cavar histórias íntimas de sua biografada, o texto acaba ficando na superfície e não desvenda a personagem. A própria Anna Wintour não topou dar entrevista, o que pode ter contribuído para essa lacuna.