Aos seis meses de gravidez, uma venezuelana se mostra decidida: vai dar o bebê que carrega no ventre quando ele nascer. Ela não é a única a recorrer a esse caminho em meio à crise que assola o país - e que tem deixado cada vez mais gente com fome e sem condição de alimentar os próprios filhos. No poder desde 1999, o grupo de Hugo Chávez - morto em 2013 e substituído no poder por Nicolás Maduro em uma eleição realizada no mesmo ano - adotou medidas econômicas que levaram o país à escassez de alimentos, à hiperinflação e ao colapso dos serviços públicos.