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Cuiabá, 15 de Janeiro de 2025
15 de Janeiro de 2025

13 de Abril de 2012, 11h:19 - A | A

CIDADES / AVENIDA PRAINHA

Expectativa de desapropriação faz congelar valor dos imóveis

Os valores venais em carnês de IPTU não são reajustados desde 2009, quando se falou em desapropriações

JUCIARA SANTOS



Cuiabá sofreu um aumento de 100% no IPTU em 2012. Os valores venais dos imóveis novos e usados dispararam. Contudo. Desde 2009, os preços dos imóveis na região da Prainha, permaneceram congelados.


Segundo a representante da Associação dos Inquilinos e Comerciantes da Prainha, Francisca Xavier, os imóveis que custavam R$70.000 em 2009, continuam valendo o mesmo preço. “Eles não aumentaram os valores, pra não precisar pagar mais quando começarem as desapropriações”, acusa.


Dia 15 de maio, a Secopa convocou uma reunião com os proprietários e inquilinos de imóveis da prainha, para esclarecimentos. Os moradores afirmam que eles não saem absolutamente nada sobre o andamento dos processos de desapropriação.


A falta de informação também é um problema enfrentado pelas imobiliárias. Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais, Comerciais e Condomínios de Cuiabá e Várzea Grande, Marcos Pessoz, o que falta é o esclarecimento por parte da Secopa. “A falta de informação é grande. Eu vejo uma grande demora em definições e tomadas de decisões”.


O representante ainda afirma que essa desinformação prejudica o comércio porque gera insegurança. “Não é possível fazer uma ampliação ou reforma porque não sabemos se a desapropriação pode atingir 3 ou 5 metros adentro ao imóvel”.


Marcos confirmou a desvalorização desses imóveis desde 2009, quando foram anunciadas as possíveis desapropriações. “Há uma desvalorização sim. Todos ficam com receio de comprar, alugar, ampliar ou reformar qualquer imóvel nesses locais, porque não sabemos nada sobre o projeto”, diz.


Em contrapartida à situação vivida pelos moradores e inquilinos da Prainha, em outras áreas de Cuiabá há um forte aquecimento do mercado imobiliário. De acordo com o Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais, Comerciais e Condomínios de Cuiabá e Várzea Grande, o crescimento chega a 30%. Um apartamento de médio padrão, com dois quartos, na planta, não sai por menos de R$ 250 mil.

A redação do RepórterMT entrou em contato com a Secretaria Municipal de Fazenda, para comentar as declarações, mas fomos informados de que o secretário não havia liberado o diretor de Cadastro Fiscal da secretaria, Júlio César dos Santos Araújo, para dar entrevista. Questionado sobre o assunto, o secretário Guilherme Müller não retornou às ligações.

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