LAIS FERREIRA
Professores da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) definiram durante assembleia realizada na quarta-feira (25) que irão paralisar as atividades no dia 17 de maio. Docentes contrários ao movimento afirmam que o ato tende a afetar alunos e funcionários e, dessa forma, planejam adiantar todo o conteúdo dentro dos próximos dias.
“A greve prejudicará todos os acadêmicos, por esse motivo, acredito que as reivindicações deveriam ser feitas de outras formas”, disse professor do curso de engenharia elétrica que preferiu não revelar a identidade.
Contudo, o presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (ADUFMAT), Carlos Alberto Eilert afirma que a principal motivação da greve é o descumprimento de acordo firmado com o governo. “Todas essas ações se dão pelo não cumprimento do acordo feito em agosto do ano passado, quando o governo prometeu aos professores aumento de 4%, pagamento de gratificações, entre outros benefícios”, explicou o presidente.
O presidente destaca ainda que a greve ocorrerá nos campi de Cuiabá Sinop e Médio Araguaia. Somente o campi de Rondonópolis não deve aderir ao movimento, já que possui uma organização sindical independente.
Assembleia
Grupo de professores participou no dia 19 de assembleia no Ministério de Planejamento em Brasília e conforme relatório divulgado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), as exigências não foram devidamente atendidas pelo governo.
Na ocasião, o governo reafirmou posições contrárias à unificação das carreiras do Magistério Superior (MS) e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT). Em relação ao número de cargos, a Secretaria de Ensino Superior do MEC (Sesu/MEC) afirmou que a posição do governo é manter os dois cargos um que seria para o desenvolvimento na carreira e outro titular.