DO CONEXÃO PODER
O promotor Adriano Roberto Alves, responsável pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), critica a existência de "mercadinhos" nas unidades prisionais de Mato Grosso. Para o chefe do Gaeco, independente de quem vai administrar, esses estabelecimentos continuarão sendo dominados pelas facções e isso seguirá beneficiando o crime organizado.
A prova disso, segundo Adriano, é o depoimento dado por Sandro Louco, preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), que disse que já chegou a lucrar mais de R$ 70 mil por mês com os “mercadinhos” da cadeia. “Quem vai comprar e quem vai revender são eles mesmos através de outros presos”, ressaltou. “Se ele [Sandro Louco] falou isso na audiência, ora, quem manda no mercadinho?”, questiona em entrevista ao Conexão Poder.
Adriano Alves defende que seja posto um fim a esses estabelecimentos em presídios de Mato Grosso.
Recentemente, juízes de Colniza, Sorriso e Sinop liberaram os mercadinhos nos presídios dessas cidades, contrariando a decisão do governador Mauro Mendes (União), que vetou o trecho da lei estadual 12.792/2025 que permitia o funcionamento desses estabelecimentos. O veto ainda precisa ser apreciado pela Assembleia Legislativa e a previsão é que isso ocorra após o Carnaval.
Paralelo a isso, no dia 10 deste mês, Mauro Mendes ordenou que no prazo de 60 dias todos os mercadinhos existentes em unidades prisionais do estado sejam encerrados. A determinação foi publicada no Diário Oficial de Mato Grosso.
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Confira:
Acompanhe a entrevista na íntegra: