facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 27 de Novembro de 2024
27 de Novembro de 2024

13 de Julho de 2022, 19h:00 - A | A

ENTREVISTA / ASSISTA A ENTREVISTA

Dois anos após morte, mãe de Isabele expõe sofrimento sem fim: Vivo aquele dia todos os dias

Após adolescente condenada a três anos de internação ser colocada em liberdade, empresária espera que Justiça reveja decisão

LEANDRO MAIA
DO REPÓRTER MT



Na data em que completou dois anos da morte de Isabele Guimarães Ramos, a mãe Patrícia Ramos falou ao Repórter MT sobre o sentimento de “insatisfação” com as decisões da Justiça e o luto eterno em que vive, após a perda da filha.

“Esse dia eu vivo todos dos dias. Esse dia de luto não é só hoje. Desde aquele fatídico dia, dois anos atrás, quando minha filha foi baleada, eu vivo esse luto. Não tem como eu não me remeter a essas lembranças: a memória toda desse dia, e da minha filha; além de tudo que eu sonhei para ela. De tudo que eu planejei para ela. De toda a história dela. Eu, como mãe, toda mãe vai poder se colocar no meu lugar. Eu fico nessa lembrança do sorriso, da energia dela, das gargalhadas. Eu vivo esse dia triste todos os dias”, diz emocionada ao relembrar da filha.

O crime cometido pela menor B.O.C., hoje com 16 anos, foi desqualificado de doloso (conduta criminosa que assume a intenção do resultado) para culposo (quando não há a intenção do resultado). Após análise multidisciplinar da unidade socioeducativa do Complexo Pomeri, a adolescente que atirou e matou a amiga, aos 14 anos, em um condomínio de luxo, em Cuiabá, em julho de 2020, foi colocada em liberdade.

Nesta terça-feira (12), Patrícia organizou uma carreata em Cuiabá, para pedir justiça por Isabele. No dia 08 de junho, a adolescente condenada por matar a amiga foi beneficiada com o alvará de soltura, depois de a defesa conseguir decisão favorável da 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Ela cumpriu apenas um ano e cinco meses da pena de três anos que cumpria no Lar Menina Moça, que faz parte do Complexo do Pomeri, em Cuiabá.

“Essa notícia para mim foi um choque. A polícia teve todo o trabalho de oitivas de testemunhas, depoimentos, provas. A juíza fez todo o processo, todo o rito da maneira correta para chegar a sentença. Essa desqualificação do crime foi um choque. Dizer que ela (adolescente que fez o disparo que matou Isabele) não teve a intenção, é acreditar que isso não passou de um acidente. A gente sabe que a arma não disparou sozinho. E a gente sabe que ela era uma adolescente treinada e tinha conhecimento em armas porque ela participava de campeonatos (de tiro)”, afirma.

Veja a entrevista completa:

 

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Comente esta notícia