KARINE ARRUDA
DO REPÓRTER MT
O debate em torno do Projeto de Lei do Antiaborto, que equipara o aborto ao crime de homicídio, ainda tem gerado tensão entre os setores da sociedade. Por um lado, as questões éticas e legais envolvendo a interrupção da gravidez. Por outro, os avanços científicos da medicina e as determinações impostas pelo Conselho Federal (CFM) que rege a atuação no país.
Em entrevista ao RepórterMT, a pediatra Mirella Abreu, que também é corregedora-adjunta do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), explica que perante o CFM a interrupção da gravidez após a 22ª semana é estritamente proibida de ser realizada pelos médicos, cabendo punição caso seja feita. Isso, porque depois desse período o feto já tem chances de vida fora do útero.
“A princípio, a gente segue a norma do CFM, em que o médico não pode realizar aborto a partir das 22 semanas. [...] É proibido porque a partir de 22 semanas o bebê já tem uma certa viabilidade fora do útero, mesmo prematuro. Tanto que após 22 semanas, a gente não fala aborto, a gente fala parto prematuro”, esclarece.
Entenda:
Assista a entrevista completa: