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Cuiabá, 21 de Novembro de 2024
21 de Novembro de 2024

06 de Novembro de 2024, 18h:40 - A | A

ENTREVISTA / CONTROLE DAS QUEIMADAS

Pesquisadora: Se preservarmos as áreas certas, os estragos no Pantanal serão menores

Em entrevista ao RepórterMT, a pesquisadora Cátia Cunha conta que a maior dificuldade em controlar essas queimadas ainda está na definição de estratégias preventivas para evitar o fogo.

KARINE ARRUDA
DO REPÓRTER MT



O Pantanal é uma das áreas mais impactadas pelos incêndios florestais que ocorrem entre os meses de agosto e outubro. A situação se agrava porque o bioma é atingido por um conjunto de mudanças climáticas atreladas à seca severa, especialmente em Mato Grosso. Segundo a pesquisadora Cátia Cunha, a maior dificuldade em controlar essas queimadas ainda está na definição de estratégias preventivas para evitar o fogo.

“Enquanto houver a seca extrema e a temperatura alta, haverá fogo, haverá incêndio. [...] Então, a estratégia que eu acho mais adequada não é só o combate do fogo, nós temos que trabalhar com adaptação, ou seja, buscar formas alternativas para evitar o fogo”, pontua.

Em entrevista ao RepórterMT, Cátia, que é pesquisadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (INAU) e professora-doutora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), explica que, caso a prevenção do fogo venha a falhar, é preciso investir em alternativas que causem menos destruição ao bioma, como por exemplo a preservação de áreas específicas, onde as riquezas da fauna e da flora são maiores.

“Eu acredito que precisamos identificar aqueles lugares que são mais importantes em termos da biodiversidade, como as áreas florestadas, margens dos rios, determinadas baías e lagoas para que sejam protegidas. [...] Se nós tivermos estratégias nesses lugares bem definidos, nós podemos então direcionar toda a proteção do fogo para essas regiões”, sintetiza.

Confira:

Assista a entrevista completa:

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