Morte de major, PF na casa de Éder e chacina no São Mateus foram destaques

ABDALLA ZAROUR
DA REDAÇÃO

MORTE DO MAJOR

A morte do major da PM, Claudemir Gasparetto, que foi segurança do ex-governador Blairo Maggi, (PR) na terça-feira (18) por volta das 20h no bairro Planalto Ipiranga, em Várzea Grande, deu início a uma semana tensa na grande Cuiabá.

Gasparetto, segundo as investigações, foi assassinado com cinco tiros quando chegava em casa em um Voyage. De acordo com a polícia, dois criminosos se aproximaram em um Ford Ecosport de cor vermelha e fizeram os disparos.

Claudemir foi baleado nas costas, no tórax e na cabeça. Inconsciente, ele foi levado por uma ambulância do SAMU ao Pronto Socorro de Várzea Grande, mas morreu durante o atendimento médico.

No dia 12 de fevereiro de 2011, o major Claudemir reagiu a uma tentativa de assalto na casa dele, localizada no bairro Cohab Canelas, em Várzea Grande. Na ocasião, o militar matou um dos ladrões.

A polícia suspeita que a morte do bandido tenha ligação com o seu assassinato.

SEM LINHA DE INVESTIGAÇÃO

Ainda sem saber o que aconteceu, a delegacia de Homicídios disse que ainda não tinha uma linha definida e não descarta nenhuma hipótese para o assassinato do major da Polícia Militar, Claudemir Gaspareto, de 52 anos, ocorrido na noite de terça-feira.

ORDEM PODE TER PARTIDO DO PRESÍDIO

O dois criminosos que participaram de uma tentativa de assalto na casa do policial militar da reserva, major Claudemir Gasparetto, no bairro Cohab Canelas, em Várzea Grande, em fevereiro de 2011, devem ser intimados a depor na próxima quarta-feira (26) na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá.

Ao RepórterMT, o delegado Silas Tadeu, disse que os dois estão presos na Penitenciária Central do Estado (PCE) e podem ser suspeitos de terem mandado executar o major.

CHACINA NO SÃO MATEUS

RepórterMT

Chacina no São Mateus pode ter ligação com morte de major

Três dias após a morte do major, cinco homens foram executados em um bar no bairro São Mateus também, em Várzea Grande.

A polícia acredita que a chacina tenha ligação com a morte do major. Foram mortos: Anderson José Leite da Silva, Gonçalo Vaz de Campos, Douglas Campos Fernandes, Jean de Assunção Pedroso, Sebastião Carlos Pinho. As vítimas não tiveram tempo de fugir e foram atingidas várias vezes nas pernas, cabeça e braços.

Durante a chacina, Marcio Santana da Silva, Geovane Marcelino Santana e Marlon da Silva Lisboa Júnior também foram atingidos e tiveram que ser levados por uma unidade do SAMU ao Pronto Socorro de Várzea Grande. Eles estão internados em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital.

A Polícia Militar foi acionada e realizou várias rondas na região, mas não conseguiu prender e nem identificar ninguém.

‘GRUPO DE EXTERMÍNIO’

Os delegados responsáveis pela investigação da chacina disseram que não descartam a possibilidade da existência de um ‘grupo de extermínio’ composto por policiais militares. A Polícia Civil também informou que vai montar uma força-tarefa para tentar desvendar os crimes.

OPERAÇÃO ARARATH, QUARTA FASE

A casa do ex-secretário da Casa Civil e de Fazenda dos governos Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB), Éder Moraes (PMDB), parece ter ‘caído’ na última quarta-feira (19). A residência de Moraes foi alvo de agentes da Polícia Federal durante mais uma fase da Operação Ararath. A casa do empresário Fernando Mendonça também foi alvo da PF. Mendonça foi o maior doador de campanha do senador Pedro Taques, em 2010. Ele atua no ramo atacadista.

Ao todo, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, somente em Mato Grosso são 17 mandados. Goiás, São Paulo e Distrito Federal também tiveram mandados cumpridos.

CONFIRA QUEM É QUEM NA OPERAÇÃO

Um dia após a operação da Polícia Federal, Éder Moraes pareceu estar disposto a jogar m... no ventilador. Mas não passou de jogo de cena. Em entrevista ao radialista
Lino Rossi, Moraes disse que se sentiu abandonado por Silval Barbosa (PMDB) e Blairo Maggi (PR), já que esperava dos dois ex-patrões pelo menos um telefonema de solidariedade.

“Não recebi a solidariedade nem de Blairo Maggi nem de Silval Barbosa. Acho que eles que eles teriam que ter a hombridade de ter me ligado.Companheiro, aqui é o cidadão Blairo, o cidadão Silval Barbosa, tá precisando de alguma coisa, houve algum problema, conte conosco. Porque afinal de contas, eu cuidei do caixa dos dois. Não é assim que se trata companheiro deixando na beira da estrada”, alfinetou.

ARENA PANTANAL

Parece que Arena Pantanal é sinônimo de polêmica. Esta semana, mais uma vez, o novo estádio foi alvo de uma.

RepórterMT/Secom

Procuradora do MPF 'desmascara' Secopa sobre laudo de incêndio na Arena

A declaração da procuradora da República, Bianca Brito praticamente desmascarou as informações repassadas à imprensa pela Secopa, sobre a conclusão dos trabalhos para garantir que a segurança da Arena Pantanal não foi afetada pelo incêndio que ocorreu em outubro de 2013.

De acordo com o MPF, os trabalhos ainda estariam em execução e tudo que foi apresentado não passa das mesmas informações que o MPE já havia divulgado antes. Não há um relatório final da conclusão dos trabalhos.

Acompanhadas de engenheiros civis e elétricos do Crea-MT, a procuradora faria junto com o MPE uma vistoria no local atingido para verificar as correções.