Após quatro meses sem chuvas, lagoas secam em parques de Cuiabá; veja fotos

RepórterMT

Em imagens feitas pela equipe do RepórterMT, é possível ver a marca da água na lagoas bem abaixo do costume.

KARINE ARRUDA
DO REPÓRTER MT

Cuiabá completa neste sábado (24) a triste marca de 128 dias sem chuvas significativas e, se já não bastasse a seca severa que tem provocado inúmeros problemas de saúde à população, as queimadas também não têm dado trégua e têm aumentado cada vez mais a “bolha de fumaça” que assola a Capital mato-grossense. A situação é tão crítica que até a água das lagoas do Parque das Águas e Tia Nair já começaram a baixar, demonstrando certa preocupação.

Os cidadãos que costumam frequentar esses espaços públicos, seja para lazer, prática de atividade física ou diversão para as crianças, já têm reparado a mudança: a água está acabando! Diante disso, o RepórterMT foi até o local para identificar o que pode estar acontecendo. Em imagens feitas pela equipe, é possível ver a marca da água das lagoas, bem abaixo do que estamos acostumados.

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Fernanda Escouto/RepórterMT

 

Em contato com a Prefeitura de Cuiabá, a Secretaria Municipal de Ordem Pública, que é responsável pelo Parque Tia Nair, e a Secretaria Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb), que cuida do Parque das Àguas, emitiram uma nota informando as causas da seca nas lagoas. A princípio, o problema está de fato relacionado a falta de chuvas.

“Durante o período de estiagem, as lagoas tendem a ficar mais baixas devido à combinação de menor entrada de água e maior evaporação [...] Há uma diminuição significativa das precipitações, que são a principal fonte de reposição de água nas lagoas. Sem chuva, o nível das lagoas não é reabastecido adequadamente. Com temperaturas mais altas e baixa umidade relativa do ar, a taxa de evaporação da água nas lagoas aumenta. Isso significa que a água na superfície das lagoas evapora mais rapidamente do que o normal, contribuindo para a redução de seu nível”, diz trecho do documento.

Fernanda Escouto/RepórterMT

 

Com relação aos animais que vivem nesses locais, a prefeitura informou que eles estão sendo monitorados por alunos do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Vale lembrar que essa ação faz parte de uma parceria feita entre a instituição e a Prefeitura de Cuiabá.

“A UFMT, através do seu departamento de veterinária, tem sido alertada quanto ao risco à saúde dos animais que sobrevivem da água do parque, como peixes e capivaras”, diz a nota.

Confira:
“Quanto ao período de estiagem, a Defesa Civil do Município de Cuiabá esclarece:

- Realiza o constante monitoramento dos rios observando parâmetros que sirvam como alertas;

- Por exemplo, o rio Cuiabá, que na terça-feira atingiu a marca de 85 cm, valor considerado um pouco abaixo da marca registrada na mesma época do ano passado, quando a régua apontava em torno de 1,25 m;

- Esclarece que, durante o período de estiagem, as lagoas tendem a ficar mais baixas devido à combinação de menor entrada de água e maior evaporação;

- Há uma diminuição significativa das precipitações, que são a principal fonte de reposição de água nas lagoas. Sem chuva, o nível das lagoas não é reabastecido adequadamente. Com temperaturas mais altas e baixa umidade relativa do ar, a taxa de evaporação da água nas lagoas aumenta. Isso significa que a água na superfície das lagoas evapora mais rapidamente do que o normal, contribuindo para a redução de seu nível.

- É importante lembrar que a água das chuvas também alimenta aquíferos e lençóis freáticos, que, por sua vez, ajudam a manter o nível das lagoas. Durante a estiagem, a falta de recarga dos lençóis freáticos reduz a contribuição de água subterrânea para as lagoas.
A UFMT, através do seu departamento de veterinária, tem sido alertada quanto ao risco à saúde dos animais que sobrevivem da água do parque, como peixes e capivaras.

- Ressalta que a Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb) suspendeu temporariamente o funcionamento da fonte e o 'Show das Águas' no Parque das Águas. A interrupção se deve ao baixo nível da lagoa do CPA, local onde o espetáculo é realizado".