MÁRIO ANDREAZZA
DA REDAÇÃO
Tentando se ‘adaptar’ à nova realidade nas dependências do Complexo Socioeducativo Pomeri, na ala Menina Moça, onde deve permanecer por 3 anos, B.D.O.C., 15 anos, condenada pelo crime análogo à homicídio doloso contra a melhor amiga Isabele Guimarães Ramos, 14, tentou garantir privilégios exclusivos durante sua estadia, mas todos foram negados pela Justiça.
A defesa da menor solicitou que uma Smart TV com acesso à plataforma Netflix fosse instalada para que a adolescente se entretenha na unidade, além de atendimento psicológico fora das dependências do Socioeducativo e a permissão para continuar a frequentar aulas em uma escola particular da Capital.
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A Secretaria de Estado e Segurança Pública (Sesp) confirmou os pedidos feitos pela defesa da interna, porém, afirmou que todas as solicitações foram negadas, tanto por meios administrativos, quanto os requeridos por meio judicial.
4 meses de "prisão"
Desde à sentença de internação de B.D.O.C., em 18 de janeiro, a família da adolescente recorre à Justiça pedindo habeas corpus para que a interna responda pela ‘infração’ em casa.
No entanto, a defesa já teve três pedidos de liberdade negados, sendo no Superior Tribunal de Justiça, (STJ), Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo próprio Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Os advogados continuam recorrendo e um novo pedido de análise do caso foi feito ao TJMT, desta vez com chance a mais de soltura de B.D.O.C., já que pela primeira vez o pedido recebeu um voto favorável à liberdade. Porém, outro desembargador manteve o voto pela manutenção da 'prisão'.
A decisão foi adiada para próxima semana, pois, o desembargador Gilberto Giraldelli pediu vista para fazer novas análises quanto ao processo e votar posteriormente.
Família pede Justiça
Familiares e amigos da adolescente Isabele Ramos, 14 anos, realizaram carreata na noite da última quarta-feira (21) pedindo ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) que a acusada do crime continue apreendida.
Patrícia Ramos, mãe de Isabele, afirmou que o assassinato da filha não pode ser esquecido e a sentença de medida socioeducativa aplicada à atiradora deve ser cumprida na íntegra, sem abreviações, conforme sentenciou a juíza Cristiane Padim, da Vara da Infância e Juventude.
Entenda o caso
O homicídio aconteceu no dia 12 de julho nas dependências da residência da família Cestari no condomínio de luxo Alphaville 1, em Cuiabá, quando B.D.O.C. efetuou um disparo de arma de fogo à queima-roupa contra o rosto de Isabele.
Conforme laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) divulgado em 12 de agosto de 2020, a arma que matou Isabele estava apontada para o rosto da vítima, a uma distância que pode variar entre 20 e 30 cm, e a 1,44 m de altura.
Todas as análises da perícia, que contaram inclusive com a reconstituição dos fatos, levaram à perícia de que o tiro foi efetuado de forma intencional e não acidental, como insiste a família da atiradora.
Salas 23/04/2021
Quais são as regalias que serão concedidas a Isabele Ramos?
Teka Almeida 23/04/2021
Acredito que a assassina, família e a defesa acreditam que a mesma está numa colônia de férias. Descansando a mente para quem sabe, ou não, estar preparada para o futuro que a espera. Nada que se faça, mesmo cumprindo essa irrisória pena, lhe trará tranquilidade de espírito e consciência tranquila.
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