VIVIANE MOURA
REDAÇÃO
A adolescente que matou Isabele Ramos com um tiro no rosto, no condomínio de luxo Alphaville I, em Cuiabá, reclamou de ser transferida para outro pavilhão do Complexo Pomeri, local que comparou a um galinheiro. A menor estava internada na ala Lar Menina Moça desde janeiro deste ano, quando recebeu a sentença. Além dela, outras três garotas apreendidas também foram transferidas para o pavilhão masculino, na última segunda-feira (3), para que uma reforma fosse realizada no anexo ao centro socioeducativo para meninas, o Lar Menina Moça, que possui apenas um banheiro para as quatro internas.
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Segundo o advogado da atiradora, Artur Barros Osti, ela declarou que a cela para onde foram as quatro apresenta condições insalubres, sem higiene, com paredes marcadas por incêndios e cercadas por telas como as usadas em galinheiros.
Em nota, a defesa, alega que irá fazer representação criminal em desfavor do diretor da unidade, que na ocasião estava presente no local e afirmou que nada, nem ninguém estaria acima da sua autoridade. Fato que de acordo com o jurista ultrapassa todos os limites do razoável.
"A defesa seguirá no seu propósito recursal no sentido de demonstrar que a internação, da forma como é executada, não possui qualquer caráter pedagógico e não serve a proteção de qualquer menor privado de sua liberdade. As premissas teóricas que impuseram a internação de forma antecipada são muito distantes da realidade fática que acompanha as adolescentes submetidas a medida de internação", diz parte da nota.
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O caso
Isabele de Guimarães Ramos, 15 anos, foi executada à queima-roupa com um tiro no nariz, em 12 de julho de 2020, disparado pela amiga que morava no mesmo condomínio. A assassina era praticante de tiro esportivo.
A adolescente apreendida nega o crime e diz que o tiro foi acidental.
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