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Cuiabá, 13 de Setembro de 2024
13 de Setembro de 2024

26 de Agosto de 2024, 07h:48 - A | A

GERAL / BICHOS QUEIMADOS

Biólogo: O Pantanal está pegando fogo em proporções catastróficas e ameaça animais; veja fotos

No Pantanal Norte, em Mato Grosso, a preocupação nunca cessou: a secura e baixa umidade facilitam os incêndios que matam a fauna até agora.

CAIO SANTANA
UOL



"O Pantanal está pegando fogo em proporções catastróficas. Aqui 80% da área que trabalhamos pegou fogo". Foram com essas palavras que o biólogo Bruno Sartori descreveu o Pantanal de Miranda (MS), que começou agosto já com fortes incêndios florestais de semanas anteriores.

O cenário é agravante. Muitos animais sofrem com as chamas, tem patas queimadas e chegam a morrer.

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Uma das vítimas do fogo no Pantanal Sul — e que felizmente sobreviveu — foi a onça Itapira, nascida em fevereiro de 2023 e que já está independente da mãe. Ela foi resgatada no dia 7, antes de chuvas chegarem momentaneamente em Miranda.

"Encontramos ela em uma das manilhas de escoamento de água do Pantanal. Vimos que ela estava bem, mas não vimos as patas. No dia seguinte ela seguia lá, jogamos uma luz na manilha e vimos que as patinhas estavam bem queimadas. Esse foi o momento de acionar os veterinários e efetuar o resgate dela. Ela estava bem debilitada", disse Lilian Rampim, coordenadora da base do Onçafari no Pantanal Sul, em entrevista ao UOL.

Itapira foi anestesiada, resgatada e recebeu os primeiros cuidados. "Acabou sendo fácil capturá-la porque ela realmente estava bem debilitada, estava realmente com as patas muito queimadas. Anestesiamos essa onça e vimos a gravidade dos ferimentos. Tratamos até onde deu, até onde conseguimos", diz Rampim.

Onçafari não é especializado em feridas e queimaduras de terceiro grau, então Itapira foi levada para a ONG NEX, a 80 km de Brasília, em Corumbá de Goiás (GO). Ela segue em tratamento até ficar 100% e voltar para o Pantanal.

Fogo continua

O fogo que atingiu a onça Itapira foi diminuído com as chuvas significativas que finalmente caíram na região do Pantanal Sul após meses, em 8 de agosto, com a chegada de uma frente fria. Mas o desastre já estava feito com os animais sem terem onde comer e beber. Depois, o tempo seco voltou e a fumaça dos incêndios no Pantanal e na Amazônia até se espalharam pelo país nesta semana.

No Pantanal Norte, em Mato Grosso, a preocupação nunca cessou: a secura e baixa umidade facilitam os incêndios que matam a fauna até agora.

"Estamos com um período de incêndio mais severo no estado do Mato Grosso. Infelizmente o fogo segue avançando e nem estamos no período mais crítico, estamos entrando agora. A seca tende a se estender até o final de novembro e começo de dezembro. No Pantanal Norte já é possível identificar vários pontos de água que os animais dependiam e já estão secos, com os animais procurando por água", disse Enderson Barreto, médico veterinário e um dos coordenadores do GRAD (Grupo de Resposta a Animais em Desastres) no Brasil. Leia mais no UOL

Álbum de fotos

Reprodução UOL

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JUNOT 27/08/2024

PODERIAM AUMENTAR O VOLUME DO RIO CUIABÁ NO MÊS DE SETEMBRO, . A REPRESA DO MANSO PODERIA DIMINUIR UM POUCO SEU VOLUME. DARIA UMA IRRIGADA NO PANTANAL.

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walter liz 26/08/2024

um absurdo as autoridades não se prepararem para combater os incendios, provocados ou não, tem que ter uma estrutura minima que seja, só depender de bombeiros não da, tem que ter alternativas eficientes, tem que ter reservatorios de agua ,refugios , agora so se ve lamentos e pedidos de chuva, ja se sabe que são pelo menos 90 dias dessa sequidão, algo tem de ser feito efetivamente.

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2 comentários