FERNANDA ESCOUTO
THIAGO STOFEL
Na manhã desta sexta-feira (12), na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, acontece a reconstituição da morte do aluno do Corpo de Bombeiro, Lucas Veloso Peres, de 27 anos. Segundo o advogado da família de Lucas, Djalma Cunha, a representação dos fatos pode causar uma reviravolta no caso.
"A gente está esperando essa reconstituição, porque isso aqui pode mudar muita coisa, né? [...] Quando você coloca isso aqui na prática, no estado físico aqui, entendeu? Aí pode chegar a outra conclusão, de que realmente não foi um mero acidente, uma fatalidade", disse Djalma à imprensa.
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"A Politec pode, perfeitamente, dentro dos depoimentos, pode chegar a outra conclusão que não a fala dos investigados", completou o advogado.
Djalma ressalta que a família do aluno preferiu não acompanhar a reconstituição.
“Eles não vieram. Eles estão muito abalados ainda. E participar aqui, vir aqui no local, participar da reconstituição ia ser mais difícil pra eles”, completou.
Lucas fazia parte do curso de formação do Corpo de Bombeiros em Mato Grosso. Em 27 de fevereiro deste ano, ele participava de um treinamento quando se afogou e morreu. Conforme apurado pelo RepórterMT, ele estava com dificuldades para cumprir o exercício, que consistia em atravessar a lagoa a nado.
A reconstituição foi solicitada pelo promotor de Justiça Paulo Henrique Amaral Motta, no dia 1° de março. No ofício encaminhado à Corregedoria-Geral do Corpo de Bombeiros, foi solicitado que as investigações realizadas pelos militares fossem concluídas em 40 dias.
Imparcialidade
Em março, o pai de Lucas, Cleuvimar Peres, disse que acreditava na "imparcialidade" das apurações. Segundo ele, se houver um responsável pela morte de seu filho, ele será punido no rigor da lei.
"Em relação ao inquérito, que vai ser apurado, eu tenho certeza, eu ainda acredito na justiça, vai ser apurado e se houver responsabilidade de alguém, que seja punido com os rigores da lei, Eu nasci dentro do âmbito judicial. Meu pai era servidor judicial, eu sou servidor judicial, a minha esposa é servidora judicial”, afirmou à época.
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