DO REPÓRTERMT
A atual diretoria da Unimed Cuiabá disse que partiu da empresa a denúncia que deu início à investigação que resultou na Operação Bilanz, deflagrada nessa quarta-feira (30), em que o ex-presidente e o ex-CEO foram presos por envolvimento no esquema que deixou um rombo de R$ 400 milhões nas contas da empresa.
Ao todo, foram presas seis pessoas: Rubens Carlos de Oliveira Júnior, ex-presidente; Eroaldo de Oliveira, ex-CEO; Suzana Aparecida Rodrigues dos Santos Palma, ex-diretora administrativa financeira; Ana Paula Parizzotto, ex-superintendente administrativa financeira; Tatiana Bassan, contadora; e Jaqueline Larréa, ex-assessora jurídica. Todos eles foram soltos, poucas horas após a prisão, depois de passarem por audiência de custódia.
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Conforme a nota encaminhada pela Unimed, a empresa apresentou uma notícia-crime, uma denúncia formal, ao Ministério Público Federal (MPF) em 31 de julho de 2023, apontando as irregularidades descobertas após análise das ações e documentos da gestão de Rubens Oliveira.
“Foi iniciada a investigação e, desde o início, a Unimed Cuiabá adotou postura colaborativa com as autoridades, enviando informações e documentos que foram imprescindíveis para a atuação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal”, diz trecho da nota.
Dentre o material enviado pelo plano de saúde, estava o balanço contábil revisado da empresa que atestava a existência de fraude fiscal de mais de R$ 400 milhões.
Na sequência, a empresa firmou um acordo de leniência, uma espécie de delação premiada para empresas. Em troca de não ser processada pelos crimes supostamente praticados pela gestão anterior, a empresa aceitou repassar todas as informações necessárias sobre a gestão Rubens e ainda pagar uma multa de pouco mais de R$ 400 mil.
Por determinação do juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal de Mato Grosso, a Polícia Federal deverá realizar uma nova perícia na contabilidade da Unimed Cuiabá. A determinação atende um pedido do Ministério Público Federal.
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Os seis acusados se tornaram réus e deverão ser julgados por fraudes contábeis e falsidade ideológica cometida sete vezes. Ainda conforme o MPF, as investigações prosseguem e outros ex-gestores e funcionários que atuaram na empresa na gestão de Rubens devem ser denunciados por participação no esquema.
A nota da Unimed Cuiabá conclui assegurando o compromisso da empresa com a “ética e a excelência na prestação de serviços de saúde” e reitera que o atendimento na rede credenciada permanece integralmente disponível, sem impacto aos clientes, cooperados e prestadores de serviços.