VANESSA MORENO
DO REPORTÉR MT
O empresário André Miguel Pagnoncelli, proprietário do gastropub Cão Veio, recém-inaugurado em Cuiabá, usou as redes sociais para denunciar a interferência de uma juíza de Várzea Grande, não identificada, que tentou interromper as atividades do empreendimento, alegando que o som estava alto. Segundo André, a confusão aconteceu por volta das 20h30 do sábado (18) quando o local estava lotado.
Em um vídeo publicado pela página Perrengue Mato Grosso no Instagram, o empresário André Pagnocelli relatou que a magistrada chegou ao local com três viaturas da Polícia Militar, sem nenhuma ordem judicial, ameaçando prendê-lo, caso ele não fechasse o bar. O vídeo repercutiu e chegou até ao prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL), que comentou “Vou aí” e realmente apareceu no estabelecimento momentos depois.
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O empresário André explicou que uma banda tocava no bar e o combinado era encerrar o show às 22h e, depois disso, seguir com som ambiente. Mas, por conta da confusão causada pela juíza, André encerrou o show da banda antes do previsto, e mesmo assim a magistrada não se contentou e acionou, além da PM, o Corpo de Bombeiros e órgãos da Prefeitura de Cuiabá.
Agentes da prefeitura mediram o volume do som e, conforme relatado pelo próprio prefeito em suas redes sociais, o bar foi liberado, pois estava dentro do permitido pela lei.
No primeiro vídeo, o empresário disse que investiu R$1,8 milhão no empreendimento, que emprega várias pessoas e que está nos conformes com as documentações exigidas pela lei e os impostos do bar. Além disso, ele disse que o bar é a realização do sonho de trazer algo diferente para Cuiabá.
O gastropub é em empreendimento assinado por um dos jurados do programa Master Chef Brasil, Henrique Fogaça, e pelo músico Fernando Badauí.
Nessa publicação, pessoas que se apresentaram como sendo moradores da mesma rua do empreendimento, comentaram que o som do bar não é tão alto a ponto de incomodar. “Sinceramente, o som não atrapalha em nada”, “Moro pertinho e não atrapalha literalmente nada. Não tem barulho nem nada!”, escreveram. Por outro lado, em uma segunda publicação na qual o empresário contou sobre o desfecho da situação, outras pessoas também comentaram que o som estava altíssimo considerando que ali é uma área residencial.
O entrou em contato com a assessoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que enviou a seguinte nota:
Nesta segunda-feira (20), a Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso instaurou um Pedido de Providências para apurar as reclamações realizadas por um empresário em suas redes sociais, amplamente repercutidas na imprensa, sobre uma possível interferência de uma magistrada no funcionamento de um estabelecimento comercial localizado no Bairro Duque de Caxias, em Cuiabá.
O procedimento tem como objetivo verificar se o caso envolve, de fato, uma magistrada, identificar a pessoa mencionada e analisar as circunstâncias e a legalidade do ocorrido. A Corregedoria destaca que a investigação tramita de forma sigilosa, em conformidade com as normas legais aplicáveis, para resguardar as partes envolvidas e garantir a condução adequada do processo.
A Corregedoria reforça seu compromisso com a imparcialidade e a transparência na apuração dos fatos, assegurando que todas as medidas cabíveis serão adotadas conforme os trâmites legais.
Veja os vídeos: