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Cuiabá, 14 de Novembro de 2024
14 de Novembro de 2024

30 de Abril de 2020, 21h:20 - A | A

GERAL / ESQUEMA XING LING

Empresário que vendeu respirador falso em MT vai pra cadeia; Veja fotos e documentos

"Monitores" foram comprados por R$ 10 mil na China e vendidos por R$ 190 mil cada para prefeitura de Rondonópolis; foram R$ 4 milhões no total

ANDRÉIA FONTES
DA REDAÇÃO



Dono da empresa Life Med Comércio de Produtos Hospitalares e Medicamentos EM, com sede em Palmas (TO), Jesus de Oliveira Vieira de Souza, foi preso por vender respiradores falsos para a prefeitura de Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá). De acordo com as investigações, o homem adquiriu monitores cardíacos, pelo valor de R$ 10 mil e adulterou o produto para dar aparência de ventiladores e revendeu à Prefeitura pelo valor de R$ 190 mil cada.

A Polícia Civil, por intermédio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), cumpriu o mandado de prisão hoje. O golpista foi até Rondonópolis para tentar desbloquear os R$ 3 milhões que a Justiça já tinha confiscado de suas contas.  

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A ocorrência foi registrada pela secretaria municipal de Saúde no dia 22 de abril, quando as caixas chegaram à Undiade de Pronto Atendimento da cidade e de imediato os profissionais perceberam que eram muito leves. As caixas foram abertas e o golpe percebido.

Por meio de processo de dispensa de licitação, a prefeitura adquiriu 22 respiradores pelo valor de R$ 4,3 milhões..

Imediatamente após o registro da ocorrência, a Derf Rondonópolis iniciou as diligências deslocando uma equipe, coordenada pelo delegado Santiago Rozendo Sanches e Silva, para cidade de Palmas (TO), onde supostamente ficava a sede da empresa vencedora da licitação para dar início as primeiras diligências.

Na ocasião, o suspeito, responsável pela empresa já havia deixado a cidade e não foi localizado, porém, foi possível realizar o bloqueio em conta de parte do pagamento efetuado pela Prefeitura de Rondonópolis.

As investigações avançaram, sendo possível identificar e qualificar o autor do crime, que teve o mandado de prisão representado pela Polícia Civil e decretado pela Justiça.

Antes de serem entregues em Goiânia, os produtos foram vistoriados por um funcionário da Secretaria Municipal de Saúde. Depois foi feito o carregamento e o pagamento. Os produtos foram transportados até Rondonópolis por caminhão da própria prefeitura e com escolta da Polícia Civil devido ao receio de roubo.

A Polícia não informou se há participação de funcionários da prefeitura na fraude.

Álbum de fotos

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