DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTER MT
Logo após a condenação de Ana Cláudia Flor a 18 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado do marido, o empresário Toni Flor, a família do rapaz busca imputar à assassina a autoria do crime de estelionato.
Ana Cláudia recebeu a condenação, em julgamento no Júri Popular, na última terça-feira (18). Além da condenação, a Justiça negou que ela pudesse recorrer em liberdade.
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Em entrevista ao Repórter MT, Viviane Flor - irmã de Toni - afirmou que a ex-cunhada deveria ser condenada por ser estelionatária, já que acredita que ela agiu de forma antecipada para vender os bens da família.
“Uma pessoa falar no tribunal do júri que ela vendeu a casa, o teto das filhas, o carro da família, ela vendeu tudo, e sem inventariar? Cadê o Ministério Público que luta pelos direitos dos menores?”, indagou.
“Ela teve coragem de falar que ela tinha direito de 50% e tinha direito a desfazer da parte dela. Ela não podia fazer, isso é estelionato. Tem um ano que eu denunciei ela na delegacia de estelionato. Cadê a resposta?”, questionou.
A irmã da vítima explicou que não vai descansar enquanto não colocar toda situação em pratos limpos e se com isso, contribuir para o aumento da pena dela, “seria ótimo”.
“Dezoito anos é muito pouco para o que essa mulher fez”, desabafou.
Apesar de achar pouca a condenação, Viviane disse estar satisfeita com a Justiça e pelo trabalho realizado pelo delegado Marcel Oliveira.
“A defesa dela tentou denegrir o brilhante trabalho feito pela Polícia Civil, mas eu só tenho a agradecer porque eles tiraram a assina do seio da minha família”, agradeceu.
Sobre violência doméstica
Durante depoimento, Ana Cláudia tentou justificar que mandou assassinar o próprio marido por ele ser violento e que durante esses 15 anos que viveram juntos, era constantemente agredida e ameaçada.
Sobre o assunto, a irmã da vítima afirmou que isso foi estratégia da ex-cunhada, que não tem raiva dela por isso, mas que o irmão sempre foi muito amoroso e nunca presenciou ou soube de algum tipo de violência.
“Como que uma mulher que sofria violência doméstica, que tinha medo de se separar do marido, mas não tinha medo do marido descobrir os casos extraconjugais? Acredito que isso foi estratégia dela, mas é normal”, questionou.
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