DA REDAÇÃO
O programa Fantástico, da Rede Globo, repercutiu neste domingo (16) os resultados de perícias referentes à morte da adolescente de 14 anos, Isabele Guimarães Ramos, ocorrida em julho, no condominio Alphaville, em Cuiabá, por um suposto tiro acidental de sua amiga.
Segundo a reportagem, o resultado põe em xeque a versão da adolescente que o disparo que matou Isabele teria sido acidental.
Os laudos sobre o caso foram repercutidos ao longo da última semana pelo . Uma das conclusões da perícia é que o tiro foi dado numa distância entre 20 a 30 centímetros, com a arma posicionada na altura de 1,44 metro e de que a adolescente estava de frente pra vítima, no banheiro.
Em depoimento, a adolescente disse que subiu para o primeiro andar da casa para guardar case, que seu namorado havia deixado em sua casa. Ao perceber que Isabele estava no banheiro dentro do closet, chamou ela e bateu na porta e que, nesse momento, a case cai no chão e ao pegar uma das armas, desequilibrou e disparou contra a amiga.
O advogado Hélio Nishiyama, que faz a defesa da família de Isabele, disse ao programa que os laudos foram muito contundentes em comprovar que o disparo não foi acidental.
A defesa da adolescente que atirou, feita pelo jurista Ulisses Rabaneda, contestou o resultado da perícia.
"A altura do ombro da adolescente que estava com a arma é 1,38 metros de modo que pra se levantar uma arma de um 1,38 metros para alcançar um destino do projétil de 1,44 metros ela teria que segurar essa arma apontando levemente para cima e a bala deveria entrar numa posição inferior e sair numa posição superior, ou seja, ascendente e não foi isso que aconteceu", relatou.
O laudo da perícia feita na arma também revelou que o disparo não foi acidental.
A reportagem ainda repercutiu as mensagens enviadas pelos namorado da adolescente que atirou em Isabele com irmão mais velho dele. Em um trecho das conversas, o irmão mais velho aconselhou o jovem a fazer prints das mensagens mais importantes para evitar que fosse responsabilizado.
Sobre trechos da conversa que haviam sido excluídas, a defesa do adolescente disse que as mensagens apagadas entre os irmãos eram áudios e textos compartilhados por terceiros e não tinham envolvimento sobre a tragédia ou qualquer nexo com objeto principal da investigação.
O Fantástico citou ainda o apontamentos feitos pela perícia sobre os desafio para desvendar o que aconteceu naquela noite, como falhas no isolamento do local. A próxima perícia será realizada na roupa da adolescente e de sua irmã que foram usadas no dia da fatalidade.
Nesta semana está prevista uma reconstituição do caso.
Veja a matéria exibida pelo Fantástico.
Atualizado às 22h32