Fantástico tenta ligar assassinato de Isabele a Bolsonaro; veja vídeo

Repórter/Reprodução

Isabele foi assassinada em 12 de julho passado.

RAFAEL DE SOUSA
DA REDAÇÃO

A revista eletrônica Fantástico, da TV Globo, apresentou nova reportagem, na noite deste domingo (24), sobre o assassinato da adolescência Isabele Guimarães e a condenação da acusada B.O.C., 15 anos, a pena máxima de 3 anos.

B.O.C. é a responsável pelo assassinato de Isabele atingida com um tiro no nariz que saiu pela nuca, na noite de 12 de julho do ano passado, na casa da família Cestari, no condomínio Alphaville I, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá.

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Na reportagem, o Fantástico destacou que a decisão da juíza da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude de Cuiabá, Cristiane Padim, determinou que a acusada cumpra 3 anos de internação pelo crime, mas a pena pode ser revisada a cada 6 meses.

Porém, a revista eletrônica fez questão de sugerir que a menor virou atiradora devido ao decreto do Governo Bolsonaro que permite que menores, a partir de 14 anos, pratiquem tiro esportivo, sem a autorização judicial como a lei exigia anteriormente.

No entanto, a reportagem deixou de explicar que a tragédia poderia ocorrer caso a Justiça também tivesse autorizado. Que na verdade, faltou controle das armas dentro de casa e na autorização de pratica de tiro esportivo.

Ainda sobre a condenação, a defesa de B.O.C diz acreditar que a internação será revertida por tribunais superiores. Por outro lado, na semana passada, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou liminar para soltar a acusada.

A mãe de Isabele espera a condenação dos outros envolvidos no caso, como os pais de B.

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O caso 

As investigações da morte da adolescente Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, chegaram ao fim no dia 3 de setembro. A Polícia Civil entregou o inquérito e indiciou cinco pessoas como responsáveis, sendo três adultos e dois adolescentes. 

Uma atuação conjunta da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) e da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), conduzida pelos delegados Wagner Bassi e Francisco Kunzê, concluiu que a morte de Isabele não foi acidente e sim intencional ou no mínimo a adolescente B.O.C. assumiu o risco de matar.

Isabele foi atingida por um disparo no nariz que saiu pela nuca, na noite de 12 de julho, na casa da família Cestari, no condomínio Alphaville I, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá. O disparo foi feito por B.

Além da adolescente, foram indiciados o pai dela, o empresário Marcelo Cestari, a mãe, Gaby Cestari, o namorado e o pai do namorado.