FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT
O bloqueio da rodovia estadual MT-251, na região do Portão do Inferno, está afetando a economia de Chapada dos Guimarães (65 Km de Cuiabá), principalmente no turismo, principal veia econômica do município.
O trecho precisou ser interditado devido aos recentes deslizamentos de terra do paredão e o risco de desabamento do viaduto.
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De acordo com a guia de turismo Aniluci da Paixão, os turistas estão com medo de visitar Chapada, mesmo na alta temporada, por causa do “abre e fecha” da estrada e isso tem causado um grande prejuízo na economia.
“As pessoas não sabem, têm medo de ir pra Chapada e não poder sair, não ter como voltar. Nós estamos na alta temporada, de férias, vai começar o carnaval e isso movimenta os comércios, gera emprego no município. Vai acabar a alta temporada, ninguém teve como trabalhar para ter uma arrecadação financeira, para se manter na baixa temporada”, disse Aniluci ao RepórterMT.
“É uma crise forte. Quem está aqui fora, que não está sabendo da situação do nosso município, acha que é somente um paredãozinho que está caindo. Na realidade, é uma crise econômica que está afetando toda a população chapadense”, completou.
Aniluci ressalta que ela e um grupo de guias turísticos esperam uma solução rápida para o problema, pois alguns profissionais da área já estão quase sem comida em casa.
“Os guias ficam preocupados, não está tendo trabalho. Conta vem final do mês, não interessa se você trabalhou ou não, elas vêm para você pagar. E o que acontece? O trabalho dos guias depende dos turistas que vem visitar Chapada e eles não estão vindo. Eu pergunto [para os colegas] já está passando fome? Tem uns que já chegaram no seu limite e outros ainda estão segurando”, concluiu.
Protesto
No domingo (14), empresários, guias de turismo e moradores de Chapada dos Guimarães realizaram um protesto contra o fechamento da MT-251.
Conforme o prefeito de Chapada, Osmar Froner (MDB), o movimento econômico no município já caiu 50%.
“As alternativas de acesso são longas. Isso eleva o frete, dificulta o abastecimento e aumenta os preços dos produtos. Também diminui o fluxo de visitação de turistas, de casas de veranistas e cai o movimento de pousadas, de feiras, de comércios, de restaurantes. Então nós já sentimos, após o Réveillon, que esse fluxo já reduziu 50% o movimento econômico das atividades que atendem turista, atende visitante, em Chapada”, ressaltou Froner.
Eldivam Gomes 20/01/2024
Construir 7 escoras de concretas viga de concreto para assegurar o paredão de 7 a 9, é o certo
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