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Cuiabá, 27 de Novembro de 2024
27 de Novembro de 2024

04 de Janeiro de 2023, 15h:47 - A | A

GERAL / R$ 5,1 MILHÕES

Interventor suspende contrato da Saúde de Cuiabá que prevê microchips em animais

Contrato foi assinado em dezembro de 2022, sob valor total de R$ 5,1 milhões

JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTERMT



Em dezembro de 2022, a Secretaria de Saúde de Cuiabá firmou contrato com a empresa Petimuni Agência Online de Serviços para Animais de Estimação Eireli, para realizar o monitoramento de cães e gatos da Capital por meio de microchipagem. O contrato foi feito com dispensa de licitação, tem vigência de 12 meses e um valor total de R$ 5,1 milhões, ou seja, R$ 430 mil mensais.

O certame foi suspenso pelo interventor do Estado na Saúde Pública de Cuiabá, Hugo Felipe Lima, para passar um "pente fino" nos documentos.

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Quem assina é a ex-secretária de Saúde, Suelen Alliend, demitida pelo interventor. A empresa prestaria serviços para o Centro de Controle de Zoonoses, ligado à SMS.

De acordo com o documento, a Petimuni faria a gerência do controle de dados de gatos e cachorros resgatados pelo Centro do Zoonoses, inclusive com aplicação de microchip. "(...) apta na prestação de serviços de registro, identificação, vacinação, microchipagem e carteira digital, para atender demandas da Coordenadoria Técnica de Vigilância em Zoonoses, da Saúde de Cuiabá", diz a descrição do serviço.

Por ser a única que supostamente presta esse serviço na Capital, não foi feita licitação para abrir concorrência.

Em setembro de 2021, a Prefeitura de Cuiabá anunciou o projeto de microchipagem, baseada em projeto de lei do vereador Sargento Vidal, que tem a causa animal como principal mote político. No entanto, desde então, nada de novo havia sido anunciado.

Para termos de comparação, o primeiro Hospital Municipal Universitário de Cuiabá, cujas obras foram lançadas em maio de 2022, após longo imbróglio devido à escritura do terreno original onde seria construído, custará o total de R$ 4 milhões, valor bem mais baixo que o contrato assinado com a Petimuni.

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Rombo de R$ 350 milhões

Na manhã desta quarta-feira (04), foi divulgado pelo Gabinete da Intervenção que há um rombo financeiro na ordem de R$ 350 milhões e que não há dinheiro em caixa para efetuar o pagamento dessas dívidas.

Mesmo com o alto valor das dívidas atrasadas, apuradas até o presente momento, o interventor encontrou, na data do início da intervenção, em todas as contas da SMS e da Empresa Cuiabá de Saúde, o saldo de R$ 5,6 milhões, o que é insuficiente para quitar o rombo superior a R$ 350 milhões.

Além disso, o relatório divulgado pelo interventor também aponta que faltam profissionais de saúde, medicamentos de uso contínuo e insumos para realização de curativos dos mais simples aos mais complexos nas unidades de saúde públicas de Cuiabá.

De acordo com o documento, um levantamento realizado nas unidades do município revelou “uma situação alarmante”. Faltam cerca de 31 médicos de saúde da família na Capital. Se levarmos em consideração que cada equipe de saúde da família é responsável por cerca de 4.500 pessoas, “pode-se afirmar que possuímos 139.500 cidadãos cuiabanos desassistidos”.

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Reghis 04/01/2023

Existem ao menos três fabricantes de microchip para cães e gatos no Brasil, basta consultar o Google. Para concluir os serviços descritos na matéria, basta contratar em regime de aluguel, software de gestão específico para as ações desejadas. Existem várias empresas neste ramo em nossa Capital. Finalmente: para executar os serviços na prática, é só colocar os contratados da PMC lotados no centro de controle de zoonoses e se necessário realoca outros ociosos que ocupam cargos na Prefeitura de Cuiabá. Simples assim. Deixem de enrolar e mentir para a população. Consultoria grátis para o bem de Cuiabá. E toca o enterro.

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