MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO
A empresária Patrícia Guimarães Ramos, mãe da adolescente Isabele Guimarães Ramos de 14 anos, que morreu após levar um tiro que teve como responsável a amiga B.O.C., também de 14 anos, defendeu em entrevista ao , a proibição de que menores de idade possam praticar tiro esportivo, sob o argumento de que falta capacidade de controle psicológico nessa idade.
“Eu sou totalmente favorável à posição do Ministério Público Estadual. Eu acho que o jovem que não tem capacidade para votar, não tem capacidade para conduzir um veículo, também não deveria ter possibilidade de manusear uma arma. O fim de uma arma é letal. A arma ela serve para tirar a vida das pessoas”, declarou.
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"Se ela não tivesse acesso à arma fácil, como estava, e se ela não fosse uma garota que tivesse toda experiência em manusear armas ela não teria matado minha filha”, aponta Patrícia.
Em conversa com a reportagem, em sua casa, a mãe da adolescente argumenta que a filha não teria morrido se a amiga não fosse uma atiradora esportiva, e seus pais permitissem circulação livre de armas em casa.
“Por que se de fato aconteceu algo, como eu acredito que deve ter acontecido naquele dia, se ela não tivesse acesso à arma fácil, como estava, e se ela não fosse uma garota que tivesse toda experiência em manusear armas ela não teria matado minha filha”, aponta Patrícia.
A mãe acredita que tudo seria diferente se não houvesse objetos letais na casa da família Cestari, local onde Isabele morreu no dia 12 de julho, no condomínio Alphavile I, em Cuiabá. Patrícia lamenta e argumenta que a filha não estava segura.
“O que eu mais sinto hoje é de ter confiado que minha filha estava segura nesse lugar. Isso me mostrou que nem dentro de casa podemos ter segurança. Essas pessoas foram totalmente omissas e irresponsáveis”, desabafa a mãe.
MPE
Recentemente, em entrevista ao Conexão Poder, o chefe do Ministério Público Estadual (MPE), o procurador-geral José Antônio Borges, defendeu que adolescentes de 14 aos 18 anos devem ser proibidos de praticar tiro esportivo. Atualmente, somente a permissão dos pais basta para que menores pratiquem, da qual ele é contrário. “Se for assim o filho pode praticar outros atos, pode usar drogas porque o pai acha que é normal”, disse.
Veja entrevista completa: