DA REDAÇÃO
A mãe de Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, Patrícia Hellen Guimarães, relatou à Polícia Civil como foram os últimos momentos com a filha, antes da tragédia. A adolescente acordou naquele domingo por volta das 13h. Segundo Patrícia, a filha tomou café da manhã e acabou não almoçando. Por volta das 14h foi para a casa das amigas, a cerca de 500 metros de onde morava, no mesmo condomínio, o Alphaville 1, no bairro Jardim Itália, em Cuiabá. Ela foi chamada para fazer uma torta.
Patrícia relatou que às 20h43 ligou para Isabele e pediu que ela voltasse para casa. A adolescente afirmou para a mãe que estavam fazendo um risoto, que ela iria jantar e, logo em seguida, iria embora.
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Às 22h Patrícia foi chamada pela mãe das amigas de Isabele, Gaby Cestari, que foi de carro até sua casa falando que havia acontecido um acidente com a adolescente, mas sem falar exatamente o que.
Patrícia relatou à Polícia Civil que Isabele e a adolescente B.C., responsável pelo disparo, ficaram amigas há cerca de dois anos. Diz que B. ia às vezes a sua casa, mas geralmente era Isabele que ia até a casa dos amigos, por ser mais “movimentada”.
Isabele morava com a mãe e o irmão de 12 anos. O pai morreu há dois anos, em um acidente de moto na estrada para Chapada dos Guimarães. Já na casa do Cestari, além do pai, Marcelo, e da mãe Gaby, havia os trigêmeos de 14 anos e a irmão mais velha, de 17 anos. Além disso, a casa era constantemente frequentada pelos namorados das adolescentes.
Patrícia ainda contou à polícia que a filha dizia que B. havia mudado muito após iniciar o namorado em dezembro do ano passado. Dizia que o namorado da amiga era ciumento e possessivo e chegou a definir o relacionamento como “tóxico”. Neste período, ela teria se aproximado mais da irmã de B., também de 14 anos.
Mas durante a pandemia, as adolescentes teriam voltado a ficar mais próximas.
Patrícia disse desconhecer qualquer briga entre Isabele e a amiga responsável pelo disparo da arma.
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