JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTER MT
A pequena Manoella Tecchio, de apenas 3 anos de idade, morreu na última quinta-feira (09) em uma Unidade de Pronto Atendimento de Sinop (500 km de Cuiabá), após dar entrada com tosse seca. A Prefeitura Municipal determinou abertura de uma sindicância para apurar o caso e afastou a médica responsável pelo atendimento.
Conforme sites locais, o pai de Manoella contou que a menina estava com sintomas de gripe e, na segunda-feira (06), apresentou tosse seca. Eles a levaram até a UPA e a médica pediu exame de sangue e urina, que não teria constatado nada. A profissional, então, teria medicado um remédio para tosse alérgica e mandou a criança para casa.
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Porém, a menina não melhorou e, na terça-feira (07), voltaram a levá-la até a UPA. Manoella foi examinada novamente. “Quando fizeram o Raio-X, o pulmão já estava completamente comprometido. Já não tinha o que fazer. De imediato eles disseram que iriam precisar de UTI Neonatal, porém Sinop não tem e eles iriam solicitar para Sorriso, Lucas do Rio Verde ou Alta Floresta para poder levar ela”, contou o pai.
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Apesar do pedido, nenhuma das cidades tinha leito disponível. Os profissionais da UPA tentaram realizar um procedimento para salvar a criança ali mesmo, mas a menina não resistiu. “A gente não sabe o que aconteceu e como foi feito, pois a gente não teve acesso e a gente não sabe se foi feito algum tipo de drenagem ou não. Simplesmente Manoella teve quatro paradas cardíacas e na quinta ela não resistiu e acabou falecendo”, lembra o pai.
Ainda segundo informou o pai da menor, a causa da morte apontada pela unidade médica seria choque séptico e pneumonia.
Após a repercussão do caso, a Prefeitura de Sinop se manifestou sobre a morte da menor e emitiu nota, afirmando que determinou ao Instituto de Gestão de Políticas Públicas (IGPP), abertura de sindicância para apurar o atendimento e os protocolos adotados que envolveram a morte.
“A sindicância implica no afastamento das atividades profissionais da médica que atendeu a paciente. Para que a investigação dos fatos não seja afetada, a medica deverá permanecer afastada da instituição de saúde até que as investigações sejam concluídas. Com isso, a profissional, ficará impedida de acessar as instalações da UPA”, diz trecho.
Confira a nota completa:
"A Prefeitura de Sinop determinou, ao Instituto de Gestão de Políticas Públicas (IGPP), que faz a gestão da unidade, a abertura, imediata, de uma sindicância para apurar o atendimento e os protocolos adotados que envolveram a morte de uma paciente de 03 anos, na Unidade de Pronto Atendimento de Sinop, drª Anete Mota Maria Maria (UPA 24h), ocorrido no dia 08 de março.
A sindicância implica no afastamento das atividades profissionais da médica que atendeu a paciente. Para que a investigação dos fatos não seja afetada, a medica deverá permanecer afastada da instituição de saúde até que as investigações sejam concluídas. Com isso, a profissional, ficará impedida de acessar as instalações da UPA.
A secretária de Saúde, Daniela Galhardo, informou que toda suspeita precisa ser apurada. “Nós não podemos fazer julgamentos precipitados, mas precisamos apurar como foi realizado o atendimento. Por isso, determinamos a abertura da investigação, que culminou com o afastamento da profissional” .
A paciente de 3 anos, foi admitida na Unidade de Pronto Atendimento de Sinop (UPA 24h), no dia 7 de março, com queixa de deficiência respiratória, tendo, em poucas horas, um agravamento do seu quadro clínico.
De acordo com a direção da unidade, todos os protocolos médicos foram aplicados, no entanto, na madrugada do dia 08 de março, a paciente evoluiu a óbito."