REDAÇÃO
Dezenove servidores da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), que atuaram nas perícias criminais do “caso Isabele”, receberam moções de aplausos de autoria do Deputado Estadual, João Batista.
O crime aconteceu no dia 12 de julho de 2020, no condomínio Alphaville I, em Cuiabá quando a adolescente Isabele Guimarães Ramos foi morta com um tiro de pistola disparado por uma amiga da mesma idade.
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Os trabalhos realizados pela Politec resultaram em doze laudos periciais - de local de crime, balística, áudio e vídeo, computação forense, biologia forense, toxicologia, necropsia, reprodução simulada, que consistem nas provas materiais que compõem o inquérito policial, embasando toda a persecução penal, até a sentença judicial.
Para o deputado estadual João Batista, os trabalhos revelam a independência e capacidade técnica dos profissionais da Politec, e merece ser reconhecida pela sociedade.
“O mais importante de tudo isso é poder mostrar para a sociedade o alto nível técnico que têm os nossos profissionais da Politec, e nesse caso em específico, como teve grande visibilidade na mídia é poder mostrar para a sociedade o nível de autonomia que estes profissionais têm, que não se deixar viciar, seja por pressão política, psicológica ou física, são profissionais de excelência o que faz com que a sociedade acredite cada vez mais no trabalho que eles desenvolvem aqui dentro”, destacou.
O diretor-geral da Politec, Rubens Sadao Okada agradeceu em nome da instituição pela homenagem recebida.
“Essa honraria dada pelo deputado é muito importante em relação ao reconhecimento a esses profissionais que atuam de forma incansável em todas as perícias do Estado. Este caso é apenas um dentre as 57 mil perícias realizadas em 2020. Eles trabalham nos bastidores, com a autonomia necessária, com tranquilidade, para que seja esclarecido o que realmente em qualquer fato, esse é papel do perito – materializar o fato de qualquer local de crime, para auxiliar a Justiça”, frisou.
Um dos servidores homenageados, que atuou na necropsia da vítima, o médico legista Eduardo Andraus Filho, reforçou a importância da Medicina Legal para a elucidação do crime. “Toda a Medicina Legal fica muito honrada em ter seu serviço reconhecido. Nosso serviço sempre prestado em situações que não inspiram alegria nas pessoas, mas é necessário para que, através da ciência a Justiça seja feita. E nós procuramos, todos os dias, incansavelmente, trabalhar para entregar um serviço de qualidade, oferecer a prova para que a verdade seja desvelada e as autoridades possam ter certeza em suas decisões”, afirmou.
Perícias
Conforme os laudos da Politec, a vítima estava no banheiro da casa de propriedade do empresário Marcelo Cestari, pai da autora do ato. Em depoimento à Polícia, a garota alegou que o disparo contra a amiga foi acidental e ocorreu quando tentou guardar o case da arma, deixado na residência pelo seu namorado.
Porém, os laudos colocaram em xeque esta versão, apontando que o disparo não teria acontecido de maneira acidental. Conforme os peritos, o autor do crime estava de frente para a vítima, atirou frontalmente e a curta distância (20 a 30 cm da vítima). O tiro atingiu o nariz da menor e transfixou para a sua cabeça, ainda segundo o laudo. De acordo com a descrição dos laudos, o impacto do disparo fez com que o corpo caísse de joelhos para frente e depois para trás no banheiro, com sua cabeça no box.
A reconstituição do crime, realizada pela Polícia Civil de Mato Grosso e Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), contou com a participação de seis servidores da Politec.
O inquérito, presidido pelos delegados Wagner Bassi, da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) e Fernando Kunze, da Delegacia dos Direitos da Criança e do Adolescente de Cuiabá - Deddica, foi finalizado no dia 02 de setembro, levando à conclusão de que Isabele foi morta com um tiro disparado intencionalmente por sua amiga. Para os delegados a perícia técnica foi fundamental para esclarecer o que aconteceu na noite do crime.