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Cuiabá, 15 de Novembro de 2024
15 de Novembro de 2024

24 de Abril de 2023, 15h:12 - A | A

GERAL / ALEGOU CONSTRANGIMENTO

Policial penal registra BO contra subdiretor da PCE por assédio moral; "Ambiente tóxico"

Profissional diz que se sentiu intimidada ao ser perseguida e monitorada com desconfiança enquanto trabalhava

RAFAEL COSTA
DO REPÓRTER MT



Uma policial penal de 47 anos, I.A., que trabalha na Penitenciária Central do Estado (PCE), no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá, registrou um Boletim de Ocorrência no sábado (22), afirmando que foi coagida a assinar um documento no qual se comprometia a dispensar a solicitação das imagens das câmeras de segurança do setor onde trabalha. Isso porque, segundo ela, as imagens haviam registrado assédio moral cometidas pelo subdiretor da penitenciária, M.A., líder da equipe de plantão.

A vítima narrou que é "perseguida" a todo momento, o que leva à necessidade de adiar funções para acompanhar M.A. em outras tarefas.

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A policial narrou que no dia 17 de abril, acompanhada de dois policiais penais, foi até a subdiretoria para relatar os fatos e pedir providências. Porém, o subdiretor sugeriu seu desligamento da equipe, o que foi negado de imediato.

Em uma carta encaminhada à diretoria da PCE, I.A. solicitou providências pelos fatos que classifica como "absurdos" no exercício de suas funções. "Venho sofrendo assédio moral e coação constante por parte do meu líder de equipe. Ressalto que cumpro minhas obrigações funcionais com zelo e satisfação", diz trecho.

No documento, a policial narra sua trajetória profissional, detalhando que está no sistema penitenciário desde 2004, primeiro concurso do Sistema Prisional, realizado em 2003, quando foi desvinculado da Polícia Judiciária Civil. Trabalhou no Centro Socioeducativo Pomeri Cuiabá, por seis anos, ocupando cargos de líder de equipe e em seguida gerente da unidade de internação.

I.A. foi transferida para a PCE em 2010, onde trabalhou em diversos setores, tanto operacional como administrativo, e se fixou na Revisória do Plantão Alfa.

Na carta, a policial penal diz que, quando estava em um espaço denominado de "salinha da revisória", organizando as pranchetas para uso do plantão, foi coagida pela presença do senhor M.A., que "passou a olhá-la de cima para baixo, situação que levou a policial penal se sentir uma criminosa".

"Ao retornar do acompanhamento do ppl na limpeza do alojamento feminino, o senhor M.A., vendo eu entrando novamente na sala para dar continuidade nos meus afazeres, me acompanhou e disse que era para eu estar mais presente na revisória, momento em que indaguei com ele, que tinha tomado a iniciativa de acompanhar o ppl na limpeza pela manhã, devido ao horário da manhã ser mais tranquilo para realizar a limpeza, porém o mesmo disse que entendia a necessidade da limpeza, porém queria eu mais presente na Unidade, e que a partir de agora, a revisória iria funcionar apenas com 3 pessoas, momento em que indaguei com ele perguntando onde estava a terceira pessoa, onde me respondeu que seria a J., colega que está em licença médica", diz outro trecho.

Outro momento que a policial relatou, foi quando se dirigiu ao banheiro do alojamento e percebeu a presença do líder de longe, a acompanhando para ver aonde iria. No retorno, a vítima continuou a fazer seu trabalho e disse à colega que ela poderia almoçar. Ao retorno dela, quando foi almoçar, viu que após alguns minutos o senhor M.A. adentrou ao refeitório, mais uma vez a coagindo.

"Diante do exposto peço providências a esta direção, e também solicitar as imagens do CFTV das áreas citadas acima na data de 12/04/2023, pois nelas é possível averiguar a veracidade dos relatos que fiz acima. Solicito urgência na solução deste problema, pois não exite a possibilidade de trabalhar em um ambiente tão tóxico", concluiu a policial na carta encaminhada à direção da PCE.

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