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Cuiabá, 28 de Novembro de 2024
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01 de Setembro de 2020, 08h:01 - A | A

GERAL / ENTREVISTA NA ÉPOCA

Promotor Regenold diz que repórter distorceu falas e fez armadilha

A família Cestari usou a publicação para pedir o afastamento do promotor do caso, no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). No pedido, o advogado da família, Artur Barros Osti, alega que o promotor é midiático

MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO



O promotor de Justiça, Marcos Regenold Fernandes, por meio de nota, rebateu as acusações da defesa do empresário Marcelo Martins Cestari, em que aponta que ele teria fornecido informações sigilosas da morte da adolescente Isabele Guimarães Ramos, em que Cestari e sua filha B.O.C. são investigados, para revista nacional Época.

“Fui procurado pela reportagem de uma revista nacional para cujo repórter repete sempre as mesmas informações prestadas àqueles veículos da imprensa local, causando, contudo, total estranheza a matéria publicada no dia seguinte (29/08) contendo argumentos distorcidos, inverídicos e com acréscimo de fatos que sequer tinha conhecimento”, afirmou Regenold.

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A família Cestari usou a publicação para pedir o afastamento do promotor do caso, no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). No pedido, o advogado da família, Artur Barros Osti, alega que o promotor é midiático, forneceu informações sigilosas e imprimiu opiniões pessoais. Ao Regenold diz ter caído numa armadilha da revista, mas que tem toda a conversa com o jornalista gravada para provar que a revista publicou falas distorcidas e pinçadas fora de contexto.

O embasamento do pedido é a entrevista concedida para Revista Época. Sob a alegação de fatos distorcidos, o promotor disse que entrou em contato com o repórter por telefone e mandou email para a redação da Época informando sobre a situação. “Tudo o que menciono está devidamente documentado e me reportarei, oportunamente, aos órgãos de controle”, esclareceu.

Regenold ainda explica que se manifestou sobre o caso, após 50 dias de investigação, por entender que era necessário que a população notasse que o Ministério Público não estava alheio ao caso.

Entretanto, ele nega ter dado informações sigilosas. O promotor ainda ressalta que isso aconteceu depois de exaustivo trabalho de investigação da polícia e da perícia, e o que o caso já caminha para o fim.

Veja Nota na íntegra:

À despeito do pedido de afastamento protocolizado pela defesa do Sr. Marcelo Martins Cestari junto ao CNMP na presente data, esclareço que: - desde a morte da adolescente Isabele Guimarães Ramos, ocorrida em 12/07/20 na residência do mencionado cidadão, a apuração do caso ganhou atenção diária não somente da imprensa local, mas também da nacional; - desde o evento fatídico até o dia 28/08/20, ou seja, por quase 50 dias, mesmo sendo um dos representantes do Ministério Público responsáveis pelo caso, nunca me manifestei, não obstante ter sido procurado inúmeras vezes por sites, jornais, emissoras de televisão e pelo Fantástico e mesmo ante as manifestações quase que diárias sobre o caso, feitas pelos advogados dos implicados e da família da vítima; - apenas no dia 28/08/20, após exaustivo trabalho de investigação da polícia que inclusive já deve chegar à conclusão em poucos dias, este Promotor, entendendo ser necessário que a população notasse que o MPE não está alheio ao caso, concedeu entrevista a um jornal e a alguns sites da Capital, expondo sempre questões objetivas, imparciais e sem opinião pessoal, nem mesmo fazendo menção a qualquer fato sigiloso nem a pessoa da adolescente infratora; - ocorre que, naquela mesma data fui procurado pela reportagem de uma revista nacional para cujo repórter repeti sempre as mesmas informações prestadas aqueles veículos da imprensa local, causando, contudo, total estranheza a matéria publicada no dia seguinte (29/08) contendo argumentos distorcidos, inverídicos e com acréscimo de fatos que sequer tinha conhecimento; - imediatamente entrei em contato com o repórter e depois de uma altercação, o mesmo retificou algumas afirmações absurdas que jamais saíram da boca deste subscritor, mas manteve outras, inclusive as contidas na representação mencionada; - diante ainda das inverdades que permaneciam indevidamente na reportagem, encaminhei email à redação da Revista, expondo a situação e solicitando que as próximas reportagens sobre o trágico episódio fossem melhor conduzidas; - tudo o que menciono está devidamente documentado e me reportarei, oportunamente, aos órgãos de controle. Atenciosamente, Marcos Regenold Fernandes Promotor de Justiça

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