APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) confirmou, em relatório técnico do Laboratório Central de Saúde Pública de Mato Grosso (Lacen), que Mato Grosso registrou 16 casos de Febre Oropouche.
O relatório explica que, como os sintomas da doença são parecidos com outras arboviroses, foram feitos os testes para dengue, zika e chikungunya nos pacientes. Nos casos em que o teste deu negativo para essas doenças, foi realizado um outro teste laboratorial, que confirmou a presença da Febre Oropouche.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
Os casos confirmados foram registrados nas seguintes cidades: Guarantã do Norte, Rosário Oeste e Campo Verde. Os pacientes tinham idade entre 16 e 76 anos. Nenhum caso foi registrado em Cuiabá.
A Febre Oropouche não é nova no Brasil, mas historicamente afetava apenas a população da região Norte do país. Em 2023, foram registrados 832 casos da doença no Brasil, sendo que nenhum deles foi em Mato Grosso.
A Febre Oropouche é classificada como um tipo de arbovirose, assim como a dengue, a zika e a chikungunya, mas não é transmitida pelo mosquito aedes aegypti. Os vetores dessa doença são conhecidos como “maruim” ou “porvinhas”.
Esses mosquitos se reproduzem em áreas úmidas e ricas em matéria orgânica. A recomendação é tomar cuidados com a limpeza urbana, saneamento e usar repelentes.
Em abril, a Prefeitura de Cuiabá já havia emitido um alerta para a população em razão do “risco crescente” da doença no país, assim como recomendado aos profissionais da rede que considerassem esse diagnóstico em caso de pacientes que testassem negativo para dengue, zika e chikungunya.
Os sintomas incluem: febre súbita, dor de cabeça, dor muscular, dor articular, tontura, sensibilidade à luz, náuseas, vômitos e, em casos mais graves, complicações no sistema nervoso central e manifestações hemorrágicas.