VIVIANE MOURA
DA REDAÇÃO
A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça decidiu, por 2 votos a 1, manter apreendida a adolescente que matou Isabele Guimarães, 14 anos. O crime foi cometido no condomínio Alphaville I, em Cuiabá, no dia 12 de julho de 2020. A assassina deu um tiro à queima roupa no rosto de Isabele, que morreu ainda no local.
O julgamento do pedido de liberdade começou a ser julgado no dia 31 de março com voto do relator, desembargador Juvenal Pereira, pela manutenção da internação da adolescente. No último dia 14, o desembargador Rondon Bassil abriu divergência, mas o julgamento foi adiado por um pedido de vista do desembargador Gilberto Giraldelli.
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A conclusão do julgamento ocorreu nesta quarta-feira (28) com o voto de Giraldelli, que votou pela manutenção da menor.
A assassina foi condenada a três anos de apreensão no Lar Menina Moça, anexo ao Complexo Pomeri, em Cuiabá. A decisão foi proferida pela juíza Cristiane Padim, da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude, no dia 19 de janeiro deste ano. A juíza ainda disse, na decisão, que a apreensão só poderia ser revista após 6 meses de cumprimento de medida socioeducativa.
Mesmo assim, a defesa da condenada ingressou com pedidos de liberdade no Supremo Tribunal Federal (STF), Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Tribunal de Justiça de MT (TJMT), sendo que todos foram negados.
Protestos
Familiares e amigos realizaram duas carreatas pelas avenidas de Cuiabá pedindo Justiça quanto ao caso de Isabele. Os protestos ocorreram nos dias 21 e 26 deste mês. Segundo a mãe da garota morta, Patrícia Ramos, o caso não pode ser esquecido.
A defesa da atiradora alega que o tiro foi acidental.
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