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Cuiabá, 05 de Fevereiro de 2025
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14 de Outubro de 2015, 08h:43 - A | A

OPINIÃO /

A mulher e as DSTs

Precisamos de mais informações. A certeza é que os grupos de risco foram extintos, como se previa

ROSANA DE BARROS



Com a liberdade sexual, tornando-se a mulher verdadeira proprietária do seu corpo, houve a proliferação de doenças sexualmente transmissíveis no gênero.                               

É a mulher que decide o quer fazer com o que possui. Entretanto, no contexto internacional, a partir dos anos 90, com a crescente exposição sexual, até mesmo com a chegada do retrovírus HIV, surgiu o interesse e a preocupação mundial no enquadramento do delito de transmissão de doenças dolosa e culposamente.

Quem viveu naquela época, com o aparecimento da AIDS, conviveu com os questionamentos sobre os grupos de risco. Quem fazia parte?                              

As afirmações eram constantes, também, que passado algum tempo, os grupos de risco desapareceriam. Os românticos afirmavam que a doença tão grave estaria surgindo para que o romantismo pudesse fazer morada novamente.  

Mas, a nova era chegou. Sem romantismos, o que vislumbramos na atualidade é a grande proliferação de várias doenças sexualmente transmissíveis. Agora, elas – as doenças – costumam ser usadas para vingança, ou, por maldade...                             

Li, perplexa, que um morador da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, aliás, bairro nobre, transmitiu intencionalmente a algumas mulheres o vírus HIV. As investigações iniciaram quando uma das vítimas procurou a delegacia de polícia para lavrar boletim de ocorrência sobre o fato.

Segundo as vítimas, R.P.L.F., homem bem-apessoado, costumava abordar mulheres pelas redes sociais para encontros. Formalizado o encontro, insistia para que o sexo se realizasse sem preservativos.

A descoberta de que ele vinha transmitindo intencionalmente a doença só aconteceu porque uma das vítimas passou a residir com R., e contraiu a moléstia.

Segundo ela, o homem se mostrou agressivo e obsessivo, dando origem à separação. Dias após o desenlace, descobriu que era soropositiva.                           

R.P.L.F., é “pessoa acima de qualquer suspeita”. Aparece nas redes sociais praticando exercícios físicos, como se não possuísse qualquer doença.

Aparentemente, é muito saudável. Afirmava para as suas vítimas que possuía a intenção de ser uma marca em suas vidas. E ele conseguiu...                             

Não podemos, e nem devemos rotular seres humanos. “Qualquer generalização é perigosa, inclusive essa”.

Porém, todo cuidado é pouco. A liberdade sexual é uma realidade mundial, mas, como ela vieram as doenças curáveis e incuráveis.                            

A conduta pode ser configurar em perigo de contágio venéreo, lesão corporal seguida de morte, lesão corporal dolosa ou culposa, ou homicídios doloso ou culposo.                           

Dos anos 90 para cá, várias mulheres casadas, ou seja, com parceiros fixos, foram contaminadas com o vírus HIV.

As mulheres são mais suscetíveis às doenças sexualmente transmissíveis, pois, possuem órgão sexual de difícil higienização, além de ser mais úmido e quente, tornando um meio propício para a proliferação de bactérias, fungos ou vírus.

Sem contar que em muitas mulheres, as DSTs são assintomáticas.                             

Desde 1993, o Brasil adotou a estratégia de realizar serviços e capacitar profissionais para prevenção e diagnóstico dessas doenças.

Há grande preocupação com a proliferação na população feminina, com a maior facilidade em se infectar, transmitindo para os seus fetos.

Precisamos de mais informações. A certeza é que os grupos de risco foram extintos, como se previa...

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