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Cuiabá, 11 de Fevereiro de 2025
11 de Fevereiro de 2025

11 de Fevereiro de 2025, 14h:00 - A | A

OPINIÃO / ADRIANA COSTA

A ultrassonografia com Doppler na avaliação de paciente com Chikungunya

ADRIANA COSTA



A febre chikungunya é uma infecção que se manifesta por febre aguda, rash cutâneo, dor articular, artrite e fadiga incapacitantes. A doença é causada por um vírus e transmitida aos seres humanos pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus.

O diagnóstico da febre chikungunya é feito, primeiramente, com base no quadro clínico. A confirmação laboratorial é absolutamente necessária para diferenciar os sintomas e fazer o diagnóstico diferencial com outras doenças

Métodos de imagem como a ultrassonografia e a ressonância magnética têm papel fundamental na documentação do acometimento articular na fase aguda de pacientes com chikungunya, e principalmente nos pacientes que evoluem com artrite crônica.

A dor é a manifestação articular mais típica. Artrite com importante sinovite pode ser identificada em todas as fases da doença, demonstrada na ultrassonografia pela distensão dos recessos articulares por derrame articular e espessamento sinovial hipoecoico não compressível, determinando abaulamento da cápsula articular e estruturas tendíneas adjacentes.

Em alguns casos, sinais de hipervascularização sinovial ao estudo com Doppler podem ser encontrados. Geralmente acomete várias articulações, predominando nas mãos, punhos e tornozelos. Mais raramente, a doença acomete cotovelos, joelhos, ombros, quadris e articulações temporomandibulares. A entesite do calcâneo e o acometimento condroesternal ocorrem menos frequentemente.

A febre chikungunya apresenta alta incidência de recorrência e cronicidade do acometimento articular com persistência dos sintomas inflamatórios.

A doença, na fase crônica, apresenta aspectos muito semelhantes aos da artrite reumatoide. Após as manifestações iniciais, a taxa de recorrência da artrite diminui ao longo do tempo, sendo de 88% a 100% nas primeiras seis semanas, chegando a 12% até cinco anos.

Alguns autores defendem a necessidade do acompanhamento reumatológico dos pacientes com artralgia crônica, identificando casos que podem se manifestar a longo prazo como artrite reumatoide secundária

Dra. Adriana Costa é médica radiologista, especialista em radiologia pediátrica, integra as equipes do Hospital do Câncer, Idapi e Cadim.

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