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Cuiabá, 13 de Setembro de 2024
13 de Setembro de 2024

26 de Agosto de 2024, 14h:10 - A | A

OPINIÃO / SHEILA KLENER

Mudanças climáticas intensas e seus impactos na saúde e ambiente

SHEILA KLENER



Nas últimas semanas, tem sido constante a notícia de ondas de calor, elevando as temperaturas em Mato Grosso.
As altas temperaturas podem afetar a saúde, principalmente de idosos e crianças. Esse acontecimento nos leva a indagação: O que são ondas de calor ?

Ondas de calor são períodos prolongados de temperaturas anormalmente altas em uma determinada região geográfica. Esses eventos são caracterizados por uma elevação significativa das temperaturas máximas diárias e muitas vezes são acompanhados por noites quentes e uma falta de resfriamento durante a noite.

As ondas de calor podem variar em intensidade e duração, mas geralmente são consideradas anormais em relação ao clima típico da área em questão. Elas podem ocorrer em qualquer época do ano, mas são mais comuns durante os meses de verão, quando o sol está mais diretamente sobre a região afetada.

Esses fenômenos climáticos podem ter diversos impactos na saúde humana, na agricultura e na infraestrutura. As altas temperaturas podem causar exaustão por calor, golpes de calor e outros problemas relacionados à saúde, especialmente em grupos vulneráveis como idosos, crianças pequenas e pessoas com condições médicas preexistentes.

Além disso, as ondas de calor podem aumentar a demanda por eletricidade devido ao uso intensivo de ar-condicionado, o que pode sobrecarregar o sistema elétrico e causar interrupções no fornecimento de energia. Cidades como Cuiabá devem se preparar para enfrentar as ondas de calor, que ocorrerão com mais intensidade e frequência devido ao fenômeno das mudanças climáticas.

Portanto, se faz necessária a criação de políticas públicas urgentes de planejamento urbano que promovam a redução do efeito de ilhas de calor que minimizem os impactos dessas ondas, nas comunidades afetadas, pensando principalmente na população mais vulnerável, que não tem acesso a ambientes climatizados.

Ambientes refrigerados não são mais questão de luxo que poucos têm acesso, é gênero de primeira necessidade.

Desta forma os governantes devem pensar na construção de habitações com sistema de refrigeração, linhas de crédito para compra de aparelho de ar condicionado, energia fotovoltaica, centros de hidratação e refrigeração espalhados pelas cidades, bem como mudanças de turno de trabalho, evitando horários de picos de calor, para trabalhadores expostos ao clima.

Em termos gerais imediatamente tem que se pensar na adaptação e mitigação, medidas como a implementação de alertas precoces, o estabelecimento de locais de resfriamento, e principalmente a conscientização pública sobre os riscos associados às ondas de calor.

Sheila Klener é geóloga e servidora pública.

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