EUSTÁQUIO RODRIGUES FILHO
Na semana passada o governo do Descondenado passou por um aperto, por uma tremenda saia justa. O ministro dos direitos humanos (dos DIREITOS HUMANOS!) e da cidadania foi defenestrado do seu cargo, acusado de assédio moral e assédio sexual.
Foi espantosa a rapidez com que o Descondenado tomou a decisão de demitir o ministro, diante (apenas por enquanto) das suspeitas de má conduta dentro do seu ministério.
Anteriormente, o líder do Partido dos Trapalhões havia dito que não toleraria suspeitas de crimes cometidos em seu governo e que tomaria providências rapidamente, tudo para evitar desgastes no seu combalido e fraco mandato.
Entretanto, a mesma rapidez na demissão de um ministro acusado de assédio não foi verificada quando as acusações recaíram sobre o ministro das comunicações, este acusado de corrupção e já indiciado pela polícia federal. Veja a diferença de tratamento: enquanto o primeiro ainda é suspeito de crime e já foi demitido, o segundo já foi indiciado por corrupção e já se envolveu em outros 4 escândalos. E continua firme e forte em seu ministério (pasta inútil, diga-se de passagem).
Não há que se falar que um crime seja pior que outro. Ambos são igualmente hediondos. Porém, grita aos nossos ouvidos a leniência com que o Descondenado trata casos de corrupção, desvios e escândalos envolvendo dinheiro público. Seus gastos pessoais e com a Esbanja, com dinheiro público, são igualmente surreais e beira o escárnio.
Mas o que esperar de um presidente que foi condenado por corrupção em 3 instâncias e descondenado por chicanas jurídicas?
Enquanto isso, o Brasil pega fogo. Literalmente. E o governo do Descondenado, com 39 ministérios (maior número de pastas desde Dilma II, a Oradora), é incapaz de controlar as queimadas e incêndios em todo o país. E não adianta a extrema esquerda bradar para todos os cantos que a culpa é da mudança climática, da El Niña, do aquecimento global, da estiagem, do Seu Madruga ou do Scrat.
Não. Grande parte dessa culpa é da incompetência desse desgoverno, incapaz de medidas para prevenir e evitar incêndios. Incapaz de endurecer as leis contra quem comete queimadas e cria incêndios. Dos 39 ministérios, 15 têm a ver diretamente com o meio ambiente (no sentido amplo): o próprio, o ministério da Agricultura, o da Integração, da Pesca e Aquicultura, do Turismo, da Gestão, da Fazenda, das Cidades, da Ciência e Tecnologia, da Saúde, do Desenvolvimento Agrário, da Justiça, do Planejamento, dos Povos Indígenas e do Desenvolvimento e Assistência Social.
Isso mostra, claramente, que quantidade não significa, jamais, qualidade. Este governo é tão ruim quanto os anteriores, penso até que pior. Das 39 pastas ministeriais, nenhuma se destaca em campo algum, e dessas, as 15 que deveriam estar planejando, prevenindo e combatendo o fogo, apenas aproveitam as benesses das mordomias pagas com dinheiro público. São ou estão inúteis.
Isso mostra que ter tantos ministérios não tem nada a ver com melhorar a gestão. Tem a ver com cabide de emprego mesmo.
Eustáquio Rodrigues Filho – Cristão, Servidor Público e Escritor. Autor do livro “Um instante para sempre”. Instagram: @epelomundo