DO REPÓRTER MT
Parlamentares de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) protocolaram um pedido para que o Tribunal de Contas da União (TCU) apure possível fraude no leilão de arroz importado realizado na última quinta-feira (06) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Sob o argumento de mitigar o impacto econômico da tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul, o governo comprou 263,37 mil toneladas de arroz importado ao custo de pouco mais de R$ 1,3 bilhão.
O leilão foi arrematado por quatro empresas, sendo a principal delas a Wisley A. de Souza LTDA (Queijo Minas), de Macapá. Ela importará 147,3 toneladas de arroz por R$ 736,3 milhões do governo. Veja informações sobre as outras empresas ao fim da matéria.
Os deputados federais Marcel Van Hatten (Novo-RS), Lucas Redecker (PSDB-RS) e Adriana Ventura (Novo-SP) alegam que houve “limitação indevida da competitividade” no certame, o que seria evidenciado pela “variação nula ou ínfima dos preços de abertura e pela ilógica falta de competição na disputa dos lotes”.
“Adicionalmente, observa-se um comportamento atípico das 4 (quatro) empresas participantes do leilão: ao invés de disputarem cada um dos lotes, elas investiram praticamente sozinhas nos lotes em que se sagraram vencedoras e abandonaram a disputa nos outros em lotes. Atipicamente, em 14 dos 17 lotes negociados, a empresa que ofereceu o primeiro lance sagrou-se vencedora”, diz o documento obtido pela CNN Brasil.
Veja as vencedoras do leilão:
- Queijo Minas: importará 147,3 mil toneladas de arroz por R$ 736,3 milhões;
- Zarifa Trading – 73.827 toneladas por R$ 369,1 milhões;
- ASR – 22.500 toneladas por R$ 112,5 milhões;
- Icefruit – 19.700 toneladas por R$ 98,7 milhões.