DA REDAÇÃO
Cuiabá vive dias de Iraque e Afeganistão. A violência desmedida toma conta das ruas e, a todo instante, noticiamos crimes bárbaros, dignos de zonas de guerra. O assassinato da funcionária de uma casa de câmbio e do PM que fazia a segurança no local, em plena luz do dia, chocou a população. Não menos chocante, na semana passada, uma chacina em VG tirou a vida de cinco pessoas, que teriam sido mortas por um suposto grupo de extermínio composto por militares. Por falar em militar, outro homem de farda perdeu a vida na semana passada.
O major Claudemir Gasparetto, que foi segurança do ex-governador Blairo Maggi, (PR) foi atingido por cinco tiros, na porta da casa dele, na terça-feira (18) por volta das 20h no bairro Planalto Ipiranga, em Várzea Grande. Horas depois um dos suspeitos apareceu morto, com vários tiros no rosto. Tudo em apenas 6 dias e somente raltados aqui os casos mais chocantes, sem contar os outros casos ocorridos no mesmo período.
A Polícia mal paga e mal aparelhada, a população desarmada, a turminha dos Direitos Humanos, que só tem olhos para bandidos além da impunidade que impera, são uma mistura explosiva que coloca a cidade em estado de guerra permanente, fazendo da capital de MT uma das mais violentas do país, em números proporcionais. Somente no ano passado, foram cerca de 400 assassinatos.
Para efeito de comparação, na guerra do Afeganistão foram 13 mil mortes em 10 anos de conflito. Cuiabá registrou quase a metade disso no mesmo período. Vale lembrar que, em Cuiabá, são cerca de 600 mil moradores e pouco mais de 400 policiais entre civis e militares. No país do Taleban são 30 milhões de moradores e mais de 150 mil militares de ambos os lados envolvidos nas batalhas diárias. Por sorte a onda dos rolezinhos e dos blacs bloks não pegou por essas bandas.
A continuar nesse rítmo, em poucos anos será mais seguro viver no Iraque. Pior de tudo é que ainda vai ter gente levantando o traseiro da cadeira por aqui para criticar a opinião da Coluna e defender bandidos.