APARECIDO CARMO, DAFFINY DELGADO, KARINE ARRUDA
DO REPÓRTERMT
O prefeito eleito Abilio Brunini (PL) disse que o julgamento que o condenou a devolver aos cofres públicos R$ 2,8 milhões está errado porque pede detalhamento do serviço da agência de publicidade que trabalhou para ele. Para ele, a Justiça Eleitoral precisa criar uma forma de fazer com que as informações apresentadas durante o andamento da campanha sejam compartilhadas com o juiz que aprecia a prestação de contas. Abilio vai recorrer da decisão.
"A gente tem que apresentar um relatório de atividades e nota fiscal e isso foi feito. Agora, se o juiz queria o custo de cada vídeo, quanto custava cada câmera... Isso não existe, a lei não prevê isso. Ele pode pedir, o Ministério Público Eleitoral também pode pedir, mas não existe na lei alguma coisa que obriga a detalhar os custos de uma agência de publicidade, até porque a agência teria que compartilhar as vezes estratégias dela de campanha. Eu acho que isso não existe", disse.
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Abilio afirmou que chegou a dizer à presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, na cerimônia da sua diplomação, que é necessário uma maior compatibilidade das informações sobre a campanha e a prestação de contas.
"Até comentei sobre isso na minha diplomação, falei com a juíza eleitoral: 'olha, precisa criar uma compatibilidade entre a o que acontece na campanha e a prestação de contas'", disse.
Abilio contou que chegou a ingressar com um recurso no primeiro grau, mas foi negado pelo magistrado, o juiz Alex Nunes de Figueiredo, da 55ª Zona Eleitoral de Cuiabá. Abilio disse que deve recorrer ao TRE e, se necessário, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).