FERNANDA ESCOUTO
VANESSA MORENO
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou, nesta quinta-feira (23), que pretende romper o contrato com a CS Mobi, empresa responsável pelo estacionamento rotativo da Capital. A prioridade é buscar um rompimento amigável entre as partes, mas caso isso não seja viável, a administração municipal vai entrar na Justiça.
O sistema de estacionamento rotativo, também conhecido como “Cuiabá Rotativo”, foi implementado em novembro de 2023, mas só passou a ser cobrado dos motoristas no fim de fevereiro de 2024. A princípio, a proposta apresentada pela prefeitura na época da implementação do estacionamento era de que a CS Mobi auxiliaria na revitalização da região central de Cuiabá e promoveria a rotatividade dos veículos.
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Segundo Abilio, o contrato previa um pagamento mensal de cerca de R$ 650 mil por parte da prefeitura à empresa. No entanto, apenas quatro parcelas foram quitadas, o que soma R$ 2,6 milhões. Existem nove parcelas em atraso, ou seja, R$ 5,8 milhões.
Devido a essa dívida e o impacto desse rombo nas finanças da empresa, ao invés de acionar a gestão Emanuel na Justiça, a CS Mobi teria feito um empréstimo no final de 2024 e utilizado a Prefeitura de Cuiabá como fiadora. “A Prefeitura não repassava esse dinheiro que era receita da própria empresa”, disse o prefeito à imprensa nesta quinta (23).
Pelo lado da Prefeitura, Abilio destacou que o Município paga até mesmo pelas vagas vazias do estacionamento rotativo, o que torna a situação ainda mais insustentável.
“Isso é inviável, por isso já apresentei nosso desejo de romper o contrato”, completou.
Por fim, o prefeito pontuou que os cuiabanos não se adaptaram ao modelo de estacionamento rotativo implementado pela empresa, o que contribuiu para os problemas de operacionalização do serviço.
Uma nova reunião será realizada na próxima semana com o objetivo de definir os últimos detalhes para que as partes cheguem a um acordo sobre a forma de encerrar o contrato.