KARINE ARRUDA
DO REPÓRTERMT
Cumprindo dois mandatos à frente do governo de Mato Grosso e tendo uma boa avaliação perante a população mato-grossense, o nome do governador Mauro Mendes (União) é o mais cotado para a vaga do Senado Federal em 2026, ainda mais depois que ele passou a admitir publicamente o interesse em disputar o cargo. Segundo o analista político João Edisom, Mauro é a figura mais forte do Estado para concorrer ao Senado na próxima eleição.
“Um governo com dois mandatos, numa sequência de oito anos, ele é naturalmente um candidato ao Senado, com exceção dos que vão disputar a presidência. No caso do governador Mauro Mendes, a avaliação dele nos dois mandatos foi uma boa avaliação, tanto que ele foi reeleito com folga. Então, naturalmente, ele é um candidato ao Senado. É o nome mais forte do Estado em relação a isso”, afirmou o analista.
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Naturalmente ele é um candidato ao Senado. É o nome mais forte do Estado em relação a isso
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Ao , João Edisom explicou que é provável que Mauro encontre algumas dificuldades no caminho até o Senado devido à polarização e à radicalização por parte da direita mais conservadora. Para o analista, isso pode atrapalhar a candidatura do grupo do governador, o levando a enfrentar um “racha” na disputa com os mais radicais, que estarão lançando outros candidatos.
“Eu acredito, até pela experiência que ele já tem - ele perdeu eleição, ele ganhou eleição na sequência -, que ele vai analisar quem ele enfrentaria e o que poderia ocorrer na frente. [...] Então, possivelmente, vai pesar tudo isso, mas ele é sim, naturalmente, um candidato ao Senado”, pontuou.
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Se vencer esta etapa, João Edisom acredita que Mauro não tenha grandes problemas no Senado. Na leitura do analista político, talvez a burocracia parlamentar o irrite um pouco, mas nada que Mauro não esteja acostumado a lidar.
Com relação ao discurso frequentemente entoado por Mauro, especialmente o relacionado ao combate ao crime organizado e tolerância zero às facções, João Edisom entende que, possivelmente, a postura do governador deve mudar no Senado e adotar um tom mais centrado.
“Antes de discutir o crime na ponta precisa discutir como não deixar as pessoas irem para esse caminho. Quando chegar no Senado, ele vai se deparar com uma outra realidade diferente em relação ao combate ao crime. Espero que ele tenha a força de fazer acelerar os processos que já existem lá, não existe nada novo a ser feito. Já existe lá documentação, precisa debater do que tem lá e fazer uma reforma para frente. Discurso de campanha é uma coisa, a realidade será outra lá na frente”, finalizou.