APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O senador Jayme Campos (União) e o deputado estadual Júlio Campos (União) negaram que tenham sido derrotados na eleição deste ano. Os candidatos apoiados por eles em Cuiabá e Várzea Grande não obtiveram sucesso no pleito eleitoral. Kalil Baracat (MDB) perdeu a Prefeitura para Flávia Moretti (PL) e Eduardo Botelho (União) não conseguiu ir ao segundo turno na Capital.
Questionado se acredita que o resultado seria uma derrota para ele, Jayme asseverou que não foi candidato e por isso não pode ser considerado perdedor.
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“Saí fraco coisa alguma. Eu não fui candidato, amigo. Eu fui apoiador, apoiador. Como saí fraco? Ganhamos 60 e poucas cidades só com o União Brasil. Saiu fraco? Agora, perder faz parte da regra do jogo. Eu, em Várzea Grande, nunca perdi e eu não fui candidato. Eu apoiava Botelho em Cuiabá, achava o melhor, acho o melhor. Apoiei Kalil e a sua gestão exitosa, competente. Agora, perdeu e temos que respeitar o resultado”, disse nesta segunda à imprensa.
O senador disse que a “paca já estava morta”, indicando que a vitória era certa, mas ponderou que “infelizmente”, na hora de depositar seu voto na urna, o eleitor votou como quis.
“Na minha visão, a paca já estava morta. Tenho certeza absoluta. Todos os senhores sabiam que a paca estava praticamente pronta para comer, na medida em que todos os institutos de pesquisa davam 60% para Kalil e não foi um, foram três, quatro”, afirmou.
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“Infelizmente, na hora de votar, o cara votou como ele quis”, acrescentou.
O irmão de Jayme, o deputado estadual Júlio Campos disse que a derrota não pode ser atribuída aos Campos, porque o candidato não era da família.
“A família Campos sempre teve muito sucesso. O que vocês da imprensa têm que entender é que nós não fomos candidatos, nem eu e nem Jayme”, disse o deputado.
Júlio, que chegou a admitir um desgaste do seu grupo político na semana passada, recuou e disse que derrotas são naturais dentro do regime democrático.
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“Faz parte da democracia ganhar e perder eleição, é natural em qualquer sistema democrático. Para o bem da democracia, até a mudança do grupo político no comando do Executivo ou do Legislativo é importante. Acredito que o povo várzea-grandense entendeu que nesse momento queria uma outra maneira de administrar e escolheu a dra. Flávia Moretti, que foi eleita democraticamente”, disse.
“Isso é natural, o Brasil já mudou. Nós estávamos a três anos atrás com Bolsonaro, que era de direita. Mas o Brasil resolver votar para Lula, que é de esquerda. Como daqui a dois anos pode voltar o grupo do Bolsonaro, né?”, declarou.