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Cuiabá, 26 de Novembro de 2024
26 de Novembro de 2024

03 de Julho de 2024, 14h:25 - A | A

PODERES / DEDO NA CARA E EMPURRÃO

Botelho e Lúdio discutem em sessão da Assembleia; veja vídeo

O desentendimento aconteceu na sessão desta quarta-feira (03), durante discussão sobre um projeto de lei que trata sobre licitação do BRT.

DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT



O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso Eduardo Botelho (União) e o deputado estadual Lúdio Cabral (PT) - ambos pré-candidatos à Prefeitura de Cuiabá nas eleições deste ano - quase saíram no tapa durante sessão realizada na manhã desta quarta-feira (03). O desentendimento começou quando o petista apresentou um Projeto de Lei que propõe que que seja feita licitação do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido) e que a tarifa seja fixada no valor de R$ 1 por 5 anos.

A confusão foi transmitida ao vivo pela TV Assembleia, mas os microfones não estavam ligados, motivo pelo qual não é possível ouvir o que falaram. Nas imagens, é possível ver o momento em que Lúdio se aproxima do presidente com um papel nas mãos.

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Durante a discussão acalorada, com ambos com dedo na cara de um do outro, Botelho chega a empurrar Lúdio, que se desequilibra e quase cai. O deputado estadual Beto 2 a 1 (União) separou os dois.

Em seguida, Lúdio usou a tribuna para demonstrar insatisfação com o ocorrido e cobrou um pedido de desculpas.

“Todos me conhecem. Respeito é recíproco. Agora não tem sentido o presidente da Assembleia perder a cabeça e partir para agressão física. Não tem sentido, porque isso não é compostura de que tem decoro parlamentar. Você precisa se desculpar. E é meu dever dizer isso. O senhor é pré-candidato a prefeito de Cuiabá, vai enfrentar a disputa, o debate e o contraditório, tem que ter paciência. Não pode perder a cabeça, não pode apelar e partir para agressão. E eu sinto muito de ter que tratar de uma pauta dessa aqui. Postura presidente”, disse Lúdio. 

Botelho, também ainda durante a sessão, ressaltou que respeita a todos, mas frisou que não aceita ser tratado de forma diferente. 

“Eu não aceito aqui dentro a falta de respeito com os colegas. Eu respeito todo mundo aqui dentro, sempre tratei oposição e situação com respeito. E quando vir se dirigir a mim com respeito e com calma. Não adianta vir agressão pra mim, que vai receber agressão. Eu sou um cara que nasceu na rua. Apanhando de polícia quando fazia graça. Não aceito ninguém fazer graça com a minha cara, se vier com respeito, terá respeito, se vier com briga, terá briga. Exijo respeito”, disse. 

Entenda a confusão

Lúdio cobrou o presidente do Parlamento a votação em urgência do projeto sobre o BRT, já que conseguiu 11 assinaturas dos deputados.

Contudo, quando o projeto foi à votação, Botelho pediu a recontagem das assinaturas, e os deputados da base aliada do governo Mauro Mendes (União) começaram a pedir as retiradas das assinaturas. Com as retiradas, a proposta ficou apenas com o apoio do deputado Wilson Santos (PSD). 

Além da obrigatoriedade da licitação, o projeto de lei apresentado por Lúdio ainda fixa o valor da tarifa em R$ 1 pelo período de cinco anos.

Veja vídeo:

Às 17h45, Lúdio Cabral se manifestou por meio de nota. Leia a íntegra abaixo:

Apresentei nesta quarta-feira (3) um projeto de lei para obrigar o Estado a realizar a licitação do BRT (Bus Rapid Transit) em Cuiabá e Várzea Grande, e garantir que a passagem custe, no máximo, R$ 1,00 nos cinco primeiros anos de funcionamento do modal. Os recursos virão da venda bilionária dos vagões do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). Apresentei também um requerimento de urgência urgentíssima para acelerar a votação do projeto, com assinaturas de 11 deputados. Meu objetivo é garantir transporte público de qualidade e a preço acessível para a população.

Porém, quando cobrei que o requerimento fosse votado, o deputado Wilson Santos, que presidia a sessão, informou que o documento não havia chegado para votação, e suspendeu a sessão. Quando a sessão retornou e o requerimento reapareceu, eu fui até à mesa e tirei foto para registrar o documento. O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, ficou descontrolado e me agrediu verbalmente. Eu cobrei dele que tivesse compostura, respeito, e ele partiu para a agressão física, com um empurrão no meio da sessão, ao vivo, como todos viram. A população assistiu a uma verdadeira exibição de desequilíbrio emocional e truculência.

É preciso manter a serenidade, mesmo tratando-se de assunto que envolve negócios públicos ligados à família dele. Botelho agiu com violência e agressividade na sessão. Há alguma coisa que ainda está encoberta e que precisa ser esclarecida: porque o negócio do BRT provoca tanta fúria no deputado Eduardo Botelho? Por que Botelho não quer votar a obrigatoriedade da licitação já? Por que ele não quer a tarifa a 1 real? Estão escondendo o quê? Seguiremos em defesa da população de Cuiabá e Várzea Grande, que merece transporte coletivo de qualidade e com passagem barata.

Deputado estadual Lúdio Cabral

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Paulo sa 03/07/2024

Qualquer pessoa que mexer no orçamento alheio é inconstitucional! Até o Ludio sabe disso! Medidas populista e em véspera de eleição! Pouca vergonhosa!

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1 comentários