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Cuiabá, 06 de Janeiro de 2025
06 de Janeiro de 2025

03 de Agosto de 2022, 16h:55 - A | A

PODERES / "A ARMA É O DIÁLOGO"

Botelho manda recado a Paccola: "Policial que entra na política, tem que esquecer arma"

Presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso criticou “ostentação” de armas de fogo

EUZIANY TEODORO
DAFFINY DELGADO



O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União Brasil), mandou recado para o vereador de Cuiabá, tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos), que matou o agente do sistema socioeducativo, Alexandre Miyagawa, e pretende se eleger ao legislativo estadual este ano. Para Botelho, "policial que quer entrar para a política, tem que esquecer as armas".

“Eu não vejo com bons olhos esse negócio de fazer ostentação com arma, estar publicando foto com arma. (...) E eu digo, inclusive, para policiais: policiais que querem continuar sendo policiais, não podem entrar na política, ele tem que ficar lá na polícia. Se ele entrou aqui, ele tem que esquecer a arma dele", disse o presidente da ALMT.

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Paccola, policial militar da reserva, matou o agente Miyagawa, conhecido como "Japão", no dia 1º de julho, ao interferir em uma discussão na frente de uma distribuidora no bairro Quilombo, em Cuiabá. Ele alegou ter agido em legítima defesa, mas a Polícia Civil comprovou que não foi o caso, pois a vítima sequer percebeu sua aproximação, nem teve qualquer chance de defesa.

Ao denunciar Paccola à Justiça, o Ministério Público afirmou que ele tentava se projetar politicamente no momento em que matou Japão, pensando justamente nas eleições.

 

Botelho foi direto: "Policiais que querem continuar ostentando arma, não pode entrar na política. Fica lá dentro da guarnição".

"A arma dele passa a ser o diálogo, passa a ser a palavra, passa a ser o parlamento, não a arma mais. Isso serve para ele [Paccola] e para todos os outros. Estou dizendo para todos os policiais, não é só ele não. Todos”, concluiu.

A declaração de Botelho vem logo depois de a Câmara Municipal de Cuiabá, em votação no plenário, negar o pedido de afastamento de Paccola em razão do assassinato de Japão. O vereador foi indiciado por homicídio qualificado, se tornou réu na Justiça e teve o porte de armas suspenso. Ele ainda responde a um processo na Comissão de Ética da Casa, que pode cassar seu mandato.

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