DO REPÓRTERMT
A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e a Fecomércio-MT se posicionaram de forma contrária à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita a semana de trabalho a 36 horas e propõe o fim da escala 6×1.
A CNDL argumenta que a medida ameaça a sustentabilidade financeira de milhares de micro e pequenas empresas no país, aumentando seus custos operacionais.
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“Para a CNDL, a PEC trará grandes prejuízos para a estabilidade das empresas, e trará impactos negativos no horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais, que já encontram dificuldades para encontrar mão de obra para ocupar as vagas em horários alternativos. Além disso, os trabalhadores sofrerão com o aumento da informalidade, com a redução de salário e do custo de vida”, diz trecho da nota.
A Confederação ressalta ainda que tal alteração significa uma mudança de paradigma estrutural no país, uma vez que a redução da carga de trabalho é promovida com base em modelos europeus e norte-americanos, que não refletem a realidade brasileira.
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No mesmo sentido, a Fecomércio de Mato Grosso também se opôs à proposta apresentada pela deputada federal por São Paulo, Erika Hilton (PSOL).
Conforme a Fecomércio, a imposição de uma redução da jornada de trabalho sem uma ampla discussão implicaria diretamente no aumento dos custos operacionais das empresas.
“Esse aumento inevitável na folha de pagamento pressionará ainda mais o setor produtivo, já onerado com diversas obrigações trabalhistas e fiscais”, explicou o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior.
“O impacto econômico direto dessa mudança poderá resultar, para muitas empresas, na necessidade de reduzir o quadro de funcionários para adequar-se ao novo cenário de custos”, completou.
A Fecomércio ressalta que ao invés de gerar novos postos de trabalho, a medida pode provocar uma onda de demissões, especialmente em setores de mão de obra intensiva, prejudicando justamente aqueles que a medida propõe beneficiar.
“Reforçamos seu compromisso com a geração de empregos e o fortalecimento do setor produtivo, ressaltando que qualquer mudança na legislação trabalhista deve ser amplamente debatida e analisada quanto aos seus impactos econômicos e sociais, para que possamos construir um ambiente sustentável para trabalhadores e empresas”, concluiu o presidente da instituição.
davi 14/11/2024
Querem continuar a explorar o povo....ainda mais.
1 comentários