VANESSA MORENO
DO REPÓRTER MT
O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) classificou a prisão do vice-prefeito e secretário de Obras José Roberto Stopa (PV) como uma "injustiça muito grande" e não descartou que ela tenha sido motivada por perseguição política. Stopa foi preso na manhã desta quinta-feira (26), por Policiais Civis da Delegacia de Meio Ambiente (DEMA), enquanto fazia uma vistoria nas obras do Mercado do Porto Antônio Moisés Nadaf, por suspeita de descarte irregular de resíduos da construção.
“Eu não quero eu ser injusto, mas nesse caso em particular é uma injustiça muito grande” disse o prefeito em uma entrevista no Jornal do Meio dia, da TV Vila Real.
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A prisão de Stopa foi motivada por uma denúncia que apontou o descarte ilegal de pisos retirados da antiga estrutura do Mercado do Porto e deixados na parte externa do local, em uma área de preservação ambiental. Ele foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos.
Segundo Emanuel, os pisos velhos foram colocados do lado de fora do mercado pelos trabalhadores e já havia uma programação para fazer a retirada na tarde desta quinta. Para o prefeito, Stopa foi preso como um grande criminoso ambiental por uma prática incapaz de causar agressão ao meio ambiente.
“Descarte de obra de construção civil, de piso e de concreto não vai causar nenhuma agressão mais grave para o meio ambiente em um estado em que se agride o meio ambiente de manhã, de tarde, de noite, de madrugada, em grandes escalas”, defendeu Emanuel Pinheiro.
Logo após a prisão, a Prefeitura de Cuiabá se manifestou por meio de nota, dizendo que o objetivo da denúncia seria "prejudicar a entrega da obra, agendada para os próximos dias, em um momento que marca o encerramento do mandato da atual gestão".
Irregularidades no Mercado do Porto
O prefeito eleito Abilio Brunini (PL) esteve no Mercado do Porto na última segunda-feira (23) fazendo uma vistoria e questionando a previsão de entrega com a obra inacabada. Na ocasião, Abilio identificou o descarte ilegal de lixo no local e outros problemas como falta de projeto para combate a incêndios, falta de alvará, falta de abastecimento de água e esgoto em algumas bancas, falta de ralos ou grelhas para escoamento de água, instalações elétricas inadequadas e venda irregular de pontos comerciais.
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O prefeito eleito disse que voltará ao Mercado do Porto no dia 2 de janeiro, após a sua posse como prefeito, e caso a obra não esteja concluída, irá anular o ato de inauguração e dar sequência na revitalização do local.