DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
A vereadora de Chapada dos Guimarães (67 km de Cuiabá), Fabiana Nascimento (PRD), que teve seu mandato cassado pela Câmara do município na noite de quinta-feira (21), afirmou que foi vítima de "perseguição política" por parte do secretário municipal de Governo, Gilberto Mello, e do prefeito Osmar Froner.
Ela foi denunciada por Gilberto por ter descumprido a Lei Orgânica do Município, ao advogar contra o Executivo em pelo menos três processos, desde o ano de 2021, já sendo vereadora.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
A denúncia chegou a ser encaminhada para o Ministério Público Estadual (MP) e também para a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT). As duas instituições emitiram pareceres contra o pedido de cassação da vereadora, mas foram ignorados pela Câmara Municipal.
Durante discurso de defesa na sessão, ela contou que passou a ser perseguida após solicitar uma fiscalização. desde então, tem sido vítima de retaliações promovidas por vereadores que compõem a base de apoio da prefeitura.
Leia mais - Câmara ignora parecer do MP e cassa vereadora advogada que assinou ações contra prefeito
“Tem os pareceres do MPE e da OAB falando que eu não advoguei contra o município, só que a Comissão Processante é formada por três vereadores da base [do prefeito]. Hoje, na Casa só tem dois vereadores de oposição, ou seja, tem voto para me cassar. É a determinação do Gilberto que manda na Casa”, declarou.
“É uma licitação de palco e iluminação de R$ 14,7 milhões. Tem o palco montado ao lado da Prefeitura desde o Festival de Inverno e nunca mais foi retirado. O meu requerimento para investigar foi rejeitado pelos vereadores da base. É a própria gestão que quer retaliar a fiscalização que tenho feito dentro do município”, disse.
Votação
Foram favoráveis à cassação os vereadores Mariano Fidelis (PDT), Zé Otávio (PL), Joair Siqueira (PSB), Jonas Gualderio (DEM), Rafael Nilo (PDT), Rosa Lisboa (PL), Cidu (PSDB), Bozó (PTB) E Kinho (PSDB).
Apenas a vereadora Fabiana e o vereador Dudu (PSDB) se opuseram à perda do mandato.
Com o resultado, Fabiana ficará inelegível por 8 anos. Ela ainda pode recorrer ao judiciário.
